segunda-feira, 13 de setembro de 2010

vigésimo terceiro capítulo

O senhor que entregava as pizzas chegou pouco tempo depois de ligarmos a fazer a encomenda.
Almoçámos junto às piscina e passámos lá o resto da tarde (antes de o Vi, ir para o treino).

- Beeeeeem, tenho que ir. - disse dando-me um beijo na testa.

- Hum..., ok. - beijei-o. - Diz ao Gustavo para vir cá jantar hoje, ele tem estado sempre sozinho...

- Isso é uma óptima ideia! - acariciou-me. - Você vai fazer uma especialidade? Me diz qual é, por favoor.

- Tem calma, criancinha. - disse-lhe ao mesmo tempo que me ria. - Estava a pensar em Bacalhau com Natas, o que achas?

- Ai não, me mata. - beijou-me. - Eu te amoooooo. - disse quase a gritar. - Bem, tenho mesmo que ir, sabes que senão, o mister me manda dár umas 100 voltas extras. - Eu venho assim que puder, tá? - voltou a beijar-me.

- Tá bem, vai lá. - disse ao mesmo tempo que tirava a roupa vestida e agora ficava de biquíni. Dando um mergulho logo depois.

Quando tirei a cabeça debaixo de água já só vi o carro a sair do portão. Nadei um bocado e depois descansei um pouco na cama branca cá de fora. Às sete horas fui preparar o bacalhau para os rapazes, e, passado pouco mais de uma hora eles apareceram.

- Olá Paula! - disse o Gustavo.

- Oi, brasuca. - disse, ao mesmo tempo que lhe dava dois beijinhos.

- Que cheirinho, amor. - disse o David, e logo depois beijou-me.

- Com esses treinos do Jesus, deves estar cheio de fome, a comida sai já.

- Por esse bacalhau, eu espero, acredita!

- Tonto! Leva as bebidas que quiserem e sentem-se, que tiro já a comida do forno.

- Às suas ordens, patroa.

Logo depois levei a comida para a mesa, e como já era de esperar devoraram tudo, o David comia o normal para um atleta profissional com o seu porte, já o Gustavo comia menos um bocado, mas continuava a comer bastante para uma pessoa normal, como eu.

O Gustavo acabou por passar a noite em nossa casa, depois de eu e o David insistir-mos muito, não fazia muito sentido ele voltar para casa, sozinho, e, depois, amanhã ia para os Açores, para um jogo. Combinei passar um tempinho com o Marco, mais ou menos o tempo que o David estava no treino, e ele chegou algum tempo depois de ele ter saído para treinar.

- Ai que saudades! - disse-lhe ao mesmo tempo que o abraçava.

- Também tenho saudades tuas, mas nós... precisamos de falar.

- Diz. - sentei-me no sofá e ele fez o mesmo.

- Eu vou afastar-me por uns tempos... eu não... consigo ficar assim, ... perto de ti, sem poder, ... - senti algo estranho no coração, mas não falei, e deixei-o acabar. - ... beijar-te, estar contigo, como antes... Tu não imaginas o que eu tenho sofrido, quase dois anos, a pensar ou que ia conseguir, ou que ias voltar para mim. Eu por vezes, nem posso ouvir a tua voz, não te consigo ver com ele, sem, uf, lembrar-me de tudo, o que passámos juntos. - fechou os olhos, e eu senti nos meus, as lágrimas a tentarem sair, fiz-me de forte. - Eu amo-te Paula, mas odeio ver-te com ele, e nem sabes o que me apetece fazer-te.

- Marco, podias ter falado comigo... - agora as lágrimas caíram-me.

- Shiuu. - ele fechou as mãos em punho e fez força, e aí comecei a temer o que ele pudesse fazer.

- Marco!

- Shiuu, - voltou a dizer, continuando a fazer o mesmo com as mãos.

- É melhor saíres. - ele manteve-se imóvel. - Por favor, eu preciso de ficar sozinha. - ele fingia que não me ouvia e eu continuei. - Marco, é melhor saíres, por favor! - ele continuou.

- Não está ouvindo o que ela está dizendo?! - ouvi a voz do David, ao longe e ao olhar à volta vi-o junto ao seu carro.

Paula

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