domingo, 26 de setembro de 2010

quadragésimo capítulo [40º]

Fiquei algum tempo com eles e, depois saí, para deixar que outras pessoas também vissem a bebé. Ia descansar um bocadinho a casa e depois voltava.

Dirigi calmamente até ao apartamento e sentei-me no sofá logo que cheguei. Liguei a televisão na FoxLife e vi o início de Grey's Anatomy, pois pouco depois alguém tocou à campainha. Levantei-me e vi pelo 'vidrinho' que era o David. Abri a porta.


- Me desculpa, mas nós precisamos de falar. Eu não aguento mais.

- David, nós não temos nada para falar. Eu acho que tu percebeste o que eu queria dizer muito bem.

- Temos muito pra falar. Não me faça isso! Eu te amo, eu não te posso perder, não posso!

- Entra. - depois de ele entrar e eu fechar a porta, disse-lhe: - Fala.

- Volta pra mim, me perdoe, eu fui um estúpido, mas eu não consigo viver sem você.

- Eu não estou chateada por tu teres ido a uma festa, e, te teres divertido, porque, eu confio, ou confiava em ti, sabia que não irias fazer nada. Eu estou magoada é com o facto de depois de um dia inteiro de trabalho, eu chegar a casa, e receber uma chamada do meu namorado, a dizer que ia chegar tarde e que estava a curtir numa festa. Porque, não é isso que eu quero para mim. Não é assim que eu quero viver. Logo eu, que faço sempre os possíveis quando estou fora em trabalho, tenho despachar tudo, de modo que não fiques sozinho. Logo eu, que tive contigo em todos os momentos da época passada, tendo recusado participar em filmes, porque queria estar contigo, nada mais me importava! - senti lágrimas no meu rosto, mas não me importei. - Logo eu, que te amo mais do que a minha própria vida, mais do que tudo o resto junto. - coloquei as mãos na cabeça e sentei-me no sofá.

- Eu estraguei tudo. Me desculpe por existir. Eu não te conseguirei fazer feliz. - ficou a olhar para mim com uma cara confusa e continuou. - Você disse que me amava? Você ainda me ama?

- Como se fosse fácil esquecer um homem tão grande como tu. - ri-me. - Eu tenho a certeza que nunca vou amar ninguém como te amo a ti. E é por isso que estou tão chateada.

- Não fica chateada, se fica feliz, nem no caixão eu te vou esquecer. - aproximou-se de mim, colocou as suas mãos no meu rosto. - Bem cá, meus lábios necessitam dos seus, para poderem viver.

- Só os lábios? - perguntei-lhe baixinho.

- Cada milímetro do corpo, e da minha alma. - encostou os nossos lábios e beijou-me, foi um beijo apaixonado, diferente de todos os outros, senti ainda mais lágrimas no meu rosto. - Você é a mulher da minha vida, eu te amo taanto, que me sinto privilegiado só por poder tocar-te, por isso... - ajoelhou-se, e retirou do bolso das calças uma caixinha de veludo vermelha, abriu-a e tinha um anel com um pequeno diamante, era a jóia mais bonita que já tinha visto até hoje. - Paula, você quer casar comigo?

Fiquei parada, e aí sim, muitas lágrimas caíram pelo meu rosto. Não hesitei.

- Claro! - beijei-o. - EU AMO-TE!

- Tava com medo que não quisesse. - abraçou-me e colocou o anel no meu dedo. - Fica lindo em você. Obrigado.

- Eu nem consigo resistir-te. - beijei-o. - Rendo-me. - ri-me.

- Nunca te vou largar, vou tar sempre com você.

- Eu sei. - sorri.

O telemóvel dele tocou, e ele atendeu-o de imediato.

- Sim, mister, estou no trânsito para o centro de estágio, 15 minutos devo tar aí. - desligou. - Tou mô atrasado para o treino! Você quer vir?

- Hum.. não sei.

- Só vem se quiser, mas você já vem para a nossa casa, não já?

- Só se me deres beijinhos. - ri-me.

- Oh, isso é fácil! - beijou-me.

- Vai para o treino, que eu vou guardar as minhas coisas, vou ter com a Mariana, e já passo a noite em casa.

- Então eu te vejo no hospital. - beijou-me, e saiu. - EU TE AMO!

Acabei de guardar as minhas coisas e depois de as colocar no carro dirigi-me ao hospital. Na sala de espera já não estava ninguém, mas de acordo com a informação do administrativo, estavam duas pessoas no quarto, eu bati à porta e entrei. Estava ela deitada, e os pais.

- Voltaste! - disse sorrindo.

Cumprimentei os pais dela e beijei-a na testa. Os pais dela saíram para descansar e eu fiquei a fazer-lhe companhia.

- O Rubén foi treinar?

- Foi, eu achei melhor, ele está lesionado, precisa de melhorar. - sorriu, a bebé chorou. - Podes pegar nela? Estou com uma dor de costas.

- Claro, - peguei na bebé e embalei-a, calou-se de imediato.

- Bem, que bela madrinha que arranjei! Filhos para quando? - fiz cara séria e ela remediou. - Desculpa, desculpa amor, eu sei que estás mal, desculpa. - eu ri-me.

- Já fiz as pazes. - sorri, e fiz indicação para o anel.

- NÃO! Eu não acredito. É lindo!

- Eu sei! - sorri. - AIIIIIIII!

Bateram à porta, e era o Rúben com o David.

- Parabéns - disse-me o Rúben ao ouvido.

- Podes dizer alto. - ri-me. - A tua gata já sabe. - sorri.

- Estão aqui na sala, as pessoas mais felizes do mundo!- disse o David, beijando-me.


Paula


Todos os direitos reservados ªª 

6 comentários:

  1. Que fofos ^^
    Eu quero é ver também o jeito do padrinho para bebés (:
    Lindo como sempre, o capitulo!
    Eu queria mais hoje :b

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  2. ohh, que queridos +.+
    adorei :)

    publica mais :D

    http://sofiarc.blogspot.com/

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  3. Gostei dos desenvolvimentos da historia.

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Espero que gostem do que eu escrevo, e comentem, porque os comentários são um incentivo para continuar, e sem comentários não fico com muita vontade de escrever. Obrigada ;)



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