quarta-feira, 1 de setembro de 2010

quinto capítulo

Nem eu própria sabia porque tinha mandado essa sms, liguei a televisão, e o relógio do canal noticiário marcava 19h00, não tinha muita fome, mas sabia que precisava de comer, peguei na sopa que ainda tinha no frigorífico, e comi-a, assim, fria.

Depois, olhei para mim, ainda estava com a roupa do almoço, e achei que não valia a pena mudá-la. Sentei-me no sofá e coloquei o computador nas minhas pernas, o meu msn ligou-se automaticamente, mas opteri pelo 'aparecer offline', se alguém da minha família estivesse on ou uma das amigas que estão longe falaria com eles, mas não, e a única coisa que encontrei foi o Marco, com a seguinte frase 'i miss you, and yes, is because of this that I'm jealous of the other guys.' ('eu tenho saudades tuas, e sim, é por isso que eu tenho ciúmes dos outros rapazes.'). Refleti na frase, desde que ele acabou comigo, nunca me disse que tinha saudades de estar comigo, mas bem, eu nem sabia para quem era a frase e ignorei.

Consultei o meu e-mail, e depois entrei no facebook. Já não ia lá à séculos, tinha muitos pedidos de amizade, mas só aceitei 15, que eram pessoas que eu conhecia.

O meu telemóvel tocou, era o meu pai. Atendi de imediato.

- "Estou, Paula?"

- Olá, Pai!

- "Como tens estado?"

- Muito bem, obrigada, e vocês aí?

- "Também, estamos cheios de saudades! Quando vens?"

- Olha ainda estou a pensar se vou no próximo fim-de-semana, porque também estou com saudades, mas tudo depende dos trabalhos e da marcação dos exames, mas só passou uma semana desde que eu tive aí. Eu daqui a um mês, para a Páscoa estou aí.

- "Eu sei, mas sabes como nós somos, e como o Benfica joga cá, não sabia se vinhas ver com a Mariana."

- Se eu não tivesse exames já estava aí, e também não sei se a Mari vai, se eu não for, eu peço na mesma bilhetes ao Rúben.

Estive a falar com o meu pai, a minha mãe, a minha irmã, e o resto da família que estava com eles, durante bastante tempo. Tenho saudades da minha pequena cidade, das minha pessoas, da minha enorme família, e de ver os meu priminhos crescerem, tenho saudades da comida da mãe, e dos miminhos do papá, às vezes pergunto-me se estaria aqui, se desse valor a tudo isso antes. Quando recebi o dinheiro do catálogo, dei 50% aos meus pais, para eles pagarem o que estava em falta. Eu tinha a certeza que iria sempre ajudá-los, tal como eles sempre me ajudaram a mim.

A campainha tocou, devia ser o David, nem calcei os sapatos, e fui descalça abrir a porta.

- Oi, - disse aproximando-se para me cumprimentar, eu dei-lhe indicação para ele entrar. - trouxe uma caixa de bombons, mas come só quando eu sair, amanhã tenho jogo e tenho que ficar em forma!

- Oh obrigada, senta-te. - sentei-me também - isso não é muito justo, porque no final quem engorda sou eu! - sorri.

- Você podia comer 10 caixas dessas que continuaria maravilhosa.

- Assim deixas-me sem jeito! - corei - O que bebes?

- Pode ser um café, por favor.

- É num instante. A que horas partem amanhã?

Continuei a falar com ele, em minha casa a cozinha praticamente na sala, não havia nenhuma parede a separar.

- Saímos às 10h da Luz. Mas voltamos sempre no mesmo dia.

- Isso deve ser um pouco cansativo, não? - disse ao mesmo tempo que trazia os cafés.

- É, mas eu já 'tou meio acostumado, sabe, a fazer muitas vezes e gente se acostuma. Você ontem veio muito cedo do jantar, depois estár lá já não teve graça.

Corei ainda mais.

- Eu só vim cedo porque estava mesmo cansada, e tu dás-te bem com as pessoas de lá...

- Mas eu já te falei, você ilumina cada sala em que entra.

Ele aproximou-se ainda mais de mim, e eu não o evitei, até porque também o queria sentir mais de perto. Os nossos lábios finalmente se alcançaram, o beijo foi sentido, eu diria apaixonado, mas seria mesmo isso que eu sentia? Só com o tempo descobriria. Os olhos dele lançaram o olhar mais sincero.

- Obrigado. - disse-me.

- Não me tens que agradecer. - sorri. - eu também quis.

- Ainda bem. - sorriu também, e acariciou-me. - Maaaaaas, como um bom cavalheiro que tem jogo amanhã, vou deixar você descansar.

- Não vás, deixa David cavalheiro, e fica comigo esta noite.

- Tem a certeza?

- Nunca tive mais certezas do que as que tenho agora. - beijei-o de novo e subimos. - Precisas de algo? Se quiseres ir à casa-de-banho é ali, tenho uma escova de dentes nova, se quiseres.

- Obrigada gatinha, volto já. - beijou-me na testa, que neste momento, era a única parte do corpo que ele chegava sem ter que se curvar muito.

Vesti um top de alças e uns calções, e estava a pentear o cabelo quando ele me agarrou.

- Vamo prá cama?

- Vamos. - sorri, e depois, voltei a beijá-lo.

Nesta noite limitamo-nos a ficar assim, ambos de barriga para cima, e eu com a minha cabeça sobre o seu peito, ele segredou-me que estava muito feliz, e estava sempre a dár-me beijinhos. Não posso dizer que já o amo, pois apesar de já o conhecer à algum tempo só à pouco é que pensei em gostar dele desta maneira, amar é uma aprendizagem que poderá aumentar com o tempo, gostar, sim, posso dizer que já gosto muito dele.

Paula

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1 comentário:

  1. Bem... ste capitulo foi inesperado ... Ufff

    mais***


    http://fall-for-you23.blogspot.com/

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