sexta-feira, 3 de setembro de 2010

nono capítulo

Esta semana foi super agitava, dividi-me em três, ora corria para a escola e para o IPO, ora corria para casa para acabar os relatórios atempadamente, ora corria para casa do David ou ele para a minha, os exames começavam no meio da próxima semana e demoravam duas o meu reitor achou que era melhor assim, fazer-mos os exames em duas semanas e já, tudo bem, que as férias chegavam logo em Maio, mas ia ter que estudar muito durante a semana, este fim-de-semana ia ao norte, aproveitava e fazia uma visita aos meus pais e via o jogo do David por lá, para o próximo era a final da taça da liga, no Algarve, acontecia no domingo, então ia aproveitar e ficar o sábado em casa estudar, já tinha falado com ele, e compreendeu-o logo.

É sexta-feira, tanto eu como o David vamos para o norte amanhã, porém, não vamos poder estar juntos, ele hoje à noite vinha jantar a minha casa depois do treino. Fiz bacalhau com natas, porque ele tinha-me dito que adorava, hoje tinha ido fazer o meu voluntariado ao IPO, mas depois tive uma reunião com o meu reitor e então estava vestida de uma forma mais formal, um vestido bege, um um cinto fino a marcar a cintura e ainda estava de saltos, o meu cabelo estava super encaracolado, e a maquilhagem estava super natural, apenas com lápis na parte super do olho. A comida já estava no forno e pus a mesa, o David devia demorar ainda uns vinte minutos, então sentei-me no sofá e acabei o relatório à mão, ele devia ficar cá a dormir, e como o relatório era só para entregar na terça-feira, ainda ficava com tempo de passá-lo para o computador e imprimi-lo. A campainha tocou, e supus que era o David, abri a porta.

- Oi, - beijou-me. - Você, tá... linda.

- Entra, não digas essas coisas que já sabes como fico... - e já estava, notava as minha maçãs do rosto a arder, portanto devia estár mesmo corada. - A comida já deve estár pronta e tu super esfomeado.

- Estou, mas bem, que cheirinho, não me diga que é bacalhau com natas, - eu acenei com a cabeça e ele amarrou-me e disse - Ah, ... eu te amo tanto.

- Por fazer bacalhau com natas? - sorri. - Se soubesse já tinha feito antes.

- Não seja tonta, sabe que não é pelo bacalhau, mas você faz tudo por mim, e deve estar super cansada. - beijei-o e tirei a comida do forno. - Serves-te? - Ele serviu-se a ele e colocou também a comida no meu prato. - Cuidado, está quente!

- Não quero saber se está quente, está óptimo. Você cozinha muito bem.

- Diz isso à minha mãe - ri-me.

- Se quiseres digo, dá-me aí o número dela.

- Tás parvo? - ri-me ainda mais - Era o que faltava! Olha, eu estive a pensar numa coisa, eu não consigo ficar muito mais tempo sem contar nada à Mariana, ela conta-me tudo, e eu sinto-me quase como a traí-la.

- É, eu sei, eu também me sinto assim em relação ao Rúben. E se contarmos amanhã, você está com ela e eu com ele, que acha?

- Perfeito. Então gostaste da comida?

- Sim, estava tudo óptimo, a comida, a companhia.

- Ainda bem que gostaste da comida, e que da minha companhia.

- Isso nunca vai mudar gata. Eu vou gostar sempre de estár com você - levantei-me, sentei-me no seu colo e beijei-o.

- Ainda bem, David. - levantei-me de novo e coloquei toda a loiça na máquina rapidamente. - Vamos para o meu quarto?

- Vamos.

Subimos as escadas, o David foi à casa-de-banho, foi super rápido, quando chegou eu estava a tirar os sapatos, ele aproximou-se e beijou-me, foi um beijo longo, sincero e apaixonado, quando terminamos ele segredou-me

- Estás preparada? Não te quero forçar a nada.

- Nunca estive tanto.

Foi um dos nossos momentos até agora, ele foi sempre super carinhoso comigo, nessa noite dormimos abraçados.

No dia seguinte o David saiu cedo para o estádio, tomei banho com ele porque também me tinha que despachar, a Mariana ia levar o Rúben ao estádio e depois passava aqui para também nós irmos.

Já com a Mariana e a caminho de casa dos meus pais, eu tentei meter conversa e contár-lhe com quem tinha estado durante esta semana ocupada e durante esta noite.

- Mari, tenho uma coisa para te contar - disse-lhe.

- Então, conta, estás a deixar-me preocupada!

- Não acho que seja motivo para ficares preocupada. - ri-me.

- Vá, conta-me!

- Bem, eu tenho estado com o David. - exitei.

- O quê?! Com o David? David, o meu padrinho de casamento?

- Esse mesmo.

- Porque não me disseste? Vocês já se beijaram ou assim?

- Sim... nós temos passado as noites juntos.

- O QUÊ? E não me contaste nada? Vocês já... e não me contaste nada?

- Só aconteceu esta noite, Mariana, não fiques chateada, tu és a única minha amiga que sabe disto.

- Eu não 'tou chateada. - riu-se. - Eu já tinha pensado em vocês juntos, mas sempre que te falava de rapazes, tu mudavas de conversa...

- Foi melhor assim, foi mais natural. - também me ri. - Ainda bem que não ficaste chateada, não contes nada a ninguém, nem aos meus pais!

- Ok, como queiras.

Chegámos à casa dos meus pais às 16h, fizemos várias paragens pelo caminho, fomos almoçar a um restaurante, e depois fizemos umas compras num centro comercial, a recepção não poderia ter sido mais calorosa, estivemos com eles, e às 19h partimos para um restaurante, nós ficamos num salão à parte, porque mesmo não estando toda a família, os meus primos que vi nascer já estavam uns homenzinhos, eu sempre gostei de brincar com os mais novinhos, e às vezes ainda me emocionava a vê-los tão grandes, mal cheguei o Francisco veio logo abraçar-me, lembro-me dele pequenino, sempre gostei deste miúdo, vi-o crescer, e tinha muito orgulho dele. Sentei-me ao lado das minhas primas com a minha idade, falámos de tudo, e elas comentaram que a minha mãe lhes tinha mostrado a revista onde eu aparecia, tudo culpa da Mari, pensei.

Deitamo-nos tarde, e o David ligou-me a desejar boa noite ainda eu não tinha comido a sobremesa, disse que o Rúben ficou bastante surpreso e eu disse-lhe que a Mariana tinha reagido da mesma maneira. O dia de amanhã iria ser diferente, agora tinha que descansar.

Paula

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