sexta-feira, 3 de setembro de 2010

décimo capítulo

Fui ver o jogo, no dia seguinte, Benfica estava a fazer um bom jogo, aos noventa e três minutos de partida ganhávamos por 2-1. Mas o pior aconteceu no minuto 95, o último minuto da partida.

Ao chutar uma bola, o David colocou mal o pé e saiu lesionado, eu fiquei naturalmente preocupada, mas não quis parecer muito, porque o meu pai estava a meu lado. Quando ele se foi embora, a Mari disse que também era boa ideia irmos, ainda tinha-mos três horas de viagem, e a esta hora era complicado conduzir para uma viagem tão comprida. O David ligou-me já nós tínhamos passado o Porto.

- David?

- "Estou, Paula? Estou ouvindo você mal, liguei pra te dizer que não se preocupa não, só terça é que vou fazer o exame para ver como está meu dedo. Olha, você fica comigo essa noite?"

- Tens a certeza que estás bem? - perguntei. - Claro, como fazemos?

- "Você tá com a Mariana, certo? - não esperou que eu respondesse e continuou. - Então como ela vai buscar o Rúben ao estádio, você vai com ela e eu tenho lá meu carro então te pego e vamos pra tua casa, ou pra minha, depois decidimos, pode ser? Olha, eu não tou em muitas condições de conduzir, você pode fazer isso por mim?"

- Claro que posso.

- Ainda bem, beijinhos, te amo.

- Eu também, beijinhos.

A viagem demorou o tempo que esperávamos, fomos para o estádio, para o parque de estacionamento e já se encontravam lá algumas mulheres de jogadores, estivemos na conversa com ela até eles chegarem, que foi durante uns quarenta e cinco minutos, é claro que não me apresentei como "A namorada do David Luiz", achava que ainda era cedo para o namoro ser público, elas já me conheciam por ser amiga da Mari e do Rúben. O autocarro chegou e os jogadores saíram, o Rúben deu-me dois beijinhos e segredou-me:

- Vais ter que dár muitos miminhos ao teu brasileiro... - riu-se.

- Ai, não agoires, Rúben!

- Está bem, está bem.

Dito isso o David saiu do autocarro enquanto falava com um médico, piscou-me o olho. Dirigiu-se a nós para nos cumprimentar e deu-me dois beijinhos.

- O meu carro está ali, vem comigo? - disse baixinho.

- É melhor ires, eu já te apanho.

Fiquei um bocadinho à conversa com a M., e depois fui ter com o David ao carro, o Audi dele tinha vidros fumados, o que era óptimo, supôs que ele já estivesse dentro do carro e abri a porta do condutor, e, não estava errada, ele já lá estava. Antes de dizermos qualquer palavra, ele inclinou-se e beijou-me.

- Obrigado por todo o apoio, Paula.

- Não tens que agradecer, podemos ficar em minha casa? Ficávamos por lá amanhã, é que tenho que terminar umas coisas para a faculdade. - destravei o carro e dirigi a caminho de casa. - Como está o teu dedo?

- Não sei, os médicos colocaram um spray para não ter dores, mas sinto meu pé meio dorido, terça-feira vou fazer exames para ver se posso jogar na taça da liga.

- Vais ver que está tudo bem, - disse-lhe. - Eu vou ao Algarve com a Mariana ver-te.

- Asério? Agora sim, tenho mesmo que jogar. - sorriu. - Como foi o jantar com a sua família?

- Foi óptimo, tinha muitas saudades de todos, tenho pena de não os ver crescer com mais regularidade, mas é gratificante chegar lá e eles dizerem que sentiram a minha falta. Eu vou ter sempre orgulho nos meus meninos. - sorri. - Chegámos.

Subimos as escadas e abri a porta de casa, voltamos a subir escadas, desta vez para o meu quarto, voltamos a passar a noite juntos, adormeci deitada no seu peito.

O David passou o dia todo em minha casa, viu futebol durante o tempo em que eu trabalhava no meu relatório, e sempre que eu fazia um intervalo, aproveitávamos para namorar, ele era super carinhoso para mim, e importava-se com tudo o que eu sentia.

Já no final da tarde recebi um telefonema do Luís, já não falava com ele, nem com os outros à bastante, o que era muito estranho, então combinei com eles um almoço amanhã no Parque das Nações. O David estava no centro de estágios a fazer exames a manhã e tarde toda, e assim, ia entregar o relatório e aproveitar para estudar na biblioteca da escola de manhã e de tarde ia estudar e depois quando ele estivesse pronto ia buscá-lo ao Caixa Futebol Campus.

Paula

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