terça-feira, 14 de setembro de 2010

vigésimo quinto capítulo

Acordámos cedo para trabalhar, ele fez questão de me levar ao trabalho e, deixou bem claro que me iria buscar. O dia na clínica foi super agitado! Quando entrei na sala de espera deparei-me com muitos adolescentes (não eram todos para mim, também para as minhas colegas!), alguns estavam de phones nos ouvidos, ao mesmo tempo que mexiam no telemóvel, outros liam. Percebi também, que todos eles têm enormes problemas, e grande parte coisas que não nos passa pela cabeça em pessoas com esta idade.

Quando saí do edifício o carro do David já estava à porta, entrei no carro e ele aproximou-se para me beijar.

- Como correu o dia gata?

- Super bem. - disse-lhe. - E o teu?

- O mesmo de sempre, treino, treino, treino... Bem, fiz reserva no seu restaurante preferido, tá te apetecendo, ou prefere ir noutro sítio?

- Estava mesmo a apetecer, - sorri. - assim fico mal habituada!

- É bom que fique mesmo! - continuou a conduzir. - Senão vai pa Madrid e se apaixona por um actor galã.

- Tu és o meu actor galã! - passei-lhe a mão pelo cabelo.

- A sério? Assim gosto mais!

Chegámos ao restaurante, era "por cima" do rio Tejo, lindo! Saiu do carro e abriu-me a porta.

- Ai é? E a minha recompensa?

- É esta. - puxou-me para ele, mexeu-me no cabelo, tocou com as suas mãos nos meus lábios e beijou-me. - Gostou?

- Muito! - senti a minha cara a ficar vermelha. - Vamos entrar?

- Vamo, colocou o braço por cima dos meus ombros e entramos.

- Boa tarde, têm mesa reservada?

- Sim, tá em nome de David Marinho.

- Hum... Já sei, sigam-me, por favor.

Indicou-nos na mesa e sentámo-nos, era a nossa mesa habitual, só tinha ido para outra numa noite sem marcação, tinha uma vista deslumbrante sobre o rio. Pedimos uma pizza óptima de molho de marisco que eles fazem...

- Bem vamos? - perguntei-lhe.

- Sim, me deixa só ir pagar.

Foi pagar e saímos e caminhamos abraçados até ao carro.

- Vamos para casa?

- Sim, estou morrendo de cansaço!

- Ainda bem, porque eu também.

O resto do dia foi bem descansado. Deitamo-nos nas camas brancas do jardim e acabámos por adormecer, eu fiz o jantar, vimos um pouco de televisão e fomos dormir, no dia seguinte o David tinha jogo e eu também iria trabalhar cedo.

De manhã saí antes do David, algo me disse que iria haver muito transito, e bem, não me enganei, o trânsito era infernal, e mesmo saindo mais cedo de casa, só não me atrasei, por muita sorte. Apesar de já estar habituada a andar sozinha por Lisboa, sentia sempre um friozinho pela barriga, era como voltar pela primeira vez ao secundário. O dia na clínica foi outra vez agitado, saí mais tarde e tudo.

Saí da clínica e fui para casa, o David tinha-me feito o almoço e estava à minha espera para poder ir para o hotel.

- Desculpa, tive tanto trabalho, hoje. - beijei-o. - Vai para o hotel, hoje é um jogo muito importante e estarei lá para te ver.

- Não fazia sentido ir antes de ter um beijo sem, era como se fosse para o jogo sem energia. E é muito importante para mim, o seu apoio na plateia.

- Vou estár sempre lá. - voltei a beijá-lo - Vai lá se não o mister!

- É é melhor, me dá mais um beijo só. - e aproximou-se outra vez e beijou-me. - Agora sim, até logo gata!

Paula

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