terça-feira, 7 de dezembro de 2010

octagésimo quinto capítulo [85º]

TERÇA-FEIRA: 7 de Dezembro de 2010


Acordei cedo, pois queria aproveitar os últimos momentos com ele.
Abri os olhos e ele ainda dormia serenamente, deveria acordar daqui a meia hora, mas ele tinha jogo hoje, e dormia tão bem que não tive coragem de acordá-lo. Decidi mexer nos seus caracóis, e fí-lo, durante bastante tempo. Depois, beijei-o, primeiro na face e depois nos lábios, e, aí ele começou a abrir os olhos.


- Hum... que forma mais gostosa de acordar! - beijou-me e envolveu-me nos seus braços.

- E essa reacção também. - confessei. - Preciso de tomar banho. - beijei-o na testa de modo a tentar provocá-lo, e saí da cama.

- Hey, cê nem pense que vai sem mim!


Amarrou-me, levantando-me e levou-me ao colo até à banheira.


- Tenho que aproveitar não acha? - roubou-me um beijo e eu fiquei sem reacção.

- Claro!  - acabei por dizer, já bastante envergonhada.


Aproveitámos o banho ao máximo e, no final ele saiu já para a Caixa, vesti-me e arranjei-me calmamente.


sweet black


Deixei o meu cabelo natural, e passei suavemente o secador para secar pelo menos a raíz, a hora de almoço já tinha passado, mas ainda tinha tempo, e estava sem fome.
Aproveitei para colocar as coisas na mala, e juntei a camisola que o David usou ontem. Levava sempre uma peça de roupa dele, era a maneira que usava para me sentir mais em casa.
Depois de estar tudo na mala, maquilhei-me, muito basicamente, só para tirar algumas olheiras e imperfeições, coloquei a maquilhagem na mala, fechei-a, e coloquei-a no carro.
O relógio marcava 16:22h, ainda tinha tempo de ir ao Colombo comer qualquer coisa antes do jogo.

Havia pouco trânsito, o que acabou por facilitar-me a vida. Entrei no Colombo e este estava deserto, comi um McChiken. Depois ainda tinha apetite, então não resisti a um McFlury de m&m's. Olhei no relógio e eram    19:10, ou seja, o melhor era ir para o estádio.

Este estava muito vazio, e a única coisa que via cheio era o camarote dos familiares dos jogadores.

O David ligou-me antes de entrar em campo e combinámos encontrarmo-nos no estacionamento.

O Benfica entrou muito mal, e começou a perder por 1-0, e o folgo só renovou já depois do apito final. Perdemos por 1-2, e só o Lyon, que perdia nessa altura poderia mudar tudo, caso empatasse.
Algo de extraordinário aconteceu, e ficamos felizmente apurados para a Liga Europa.

Esperei por ele algum tempo junto à Elena e à Mari, e falávamos do meu casamento.


---

Ele mal me viu ignorou todos à volta e puxou-me para ele.


- Tá no seu carro? - eu acenei com a cabeça.

- Bem, quero levar você ao aeroporto.

- Vais nada! Já viste como estás magro? Precisas de jantar.

- Eu morria de fome só para estar com você. Vamo.


Eu corei e ele inclinou-se para me beijar, e não foi um beijo calminho, típico quando existe público, foi um beijo sentido e apaixonado. Senti alguns flashes na minha direcção, mas não nos importamos com isso.


- Não vai aos autógrafos?

- Não, meu anjo, hoje só você.


Entrámos no carro e eu conduzi até ao aeroporto, e como ainda faltava uma hora e meia para embarcar, entrei para fazer o check-in e voltei para o carro, para junto do David.


- Veja se não olha para os americanos...

- E tu para esta mistura de povos. - ri-me. - Ouviste? Nem para as fãs.

- Só tenho olhos para você...

- Então estamos de igual! - beijei-o. - Amo-te tanto...

- Vem, cá. - e sentou-me no seu colo. - Me deixa apreciar esse momento gostoso...

- És louco!

- Muito, quer saber por quem?

- Por mim! -  lancei um sorriso provocador.

- É isso mesmo! Você é linda! E vou ver na televisão, me liga a avisar onde aparece?

- Ligo. - desfliz-lhe um caracol. - Aliás, não vou largar-te.

- Ainda bem! Que eu não vou desgrudar de você também...


Ficamos ali numa de miminhos durante muito tempo, depois quando faltavam 10 minutos para a última chamada, ele saiu do carro e elevou-me, ao mesmo tempo que me abraçava.


- Te amo, minha vida. - beijou-me calorosamente.

- Eu também, muleque!

- Agora me deixa ir que tenho voo..

- Vai lá. - disse enquanto me abraçava com força.

- Domingo volto, e serei tua, até nos casarmos.

- Você ainda não percebeu que já é minha? - beijou-me na bochecha.

- Não digas isso, olha para a lágrima! - disse apontando para a a que acabara de sair.


Ele limpou-a.


- Não chora não...

- Vou ter saudades! - disse ao mesmo tempo que senti mais a escorrerem.

- Eu também, mas a gente aguenta, eu sei que sim!


Beijamo-nos pela última vez e voltamos a declarar o amor que sentíamos um pelo outro. No final parti, cheia de lágrimas, e os seus olhos também estavam com muitas.



Paula ♥
Todos os direitos reservados ªª


5 comentários:

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Espero que gostem do que eu escrevo, e comentem, porque os comentários são um incentivo para continuar, e sem comentários não fico com muita vontade de escrever. Obrigada ;)



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