sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

centésimo segundo capítulo [102º]

TERÇA-FEIRA: 28 de Dezembro de 2010


Acordei super fraca, o David já saíra há algum tempo, presumi. Fui tomar um banho para ver se isto era tudo sono. Coloquei-me debaixo do chuveiro e estremeci no primeiro jacto de água fria, saí do banho e comecei a ver tudo à roda. Ignorei o facto e comecei a vestir-me.

~Home Sweet Home~


                                                                                
Desci as escadas amarrada ao corrimão, agora, estava a ver as coisas todas à roda, mas a velocidade era muito diferente. Fechei os olhos e as coisas pouco melhoraram, entrei na cozinha e peguei numa fatia de bolo de chocolate, que tinha feito no dia anterior enquanto o David estava no treino. Coloquei-a num prato, tirei um garfo e comecei a comer.

Não notei melhoras, aliás, uma dor de cabeça enorme instalou-se na minha cabeça. Sentei-me no sofá, tentei adormecer, não consegui, voltei a levantar-me e tirei um analgésico do armário. Tomei-o com agua e voltei a sentar-me no sofá, esperando que o David chegasse.


- Meu amor! – quase gritou assim que entrou.

- Olá… Eu vou já fazer o almoço.



Ele aproximou-se de mim e beijou-me. Mas eu não estava com disposição para grande coisa, e cortei o beijo pouco depois.


- Que se passa, meu anjo?

- Sinto-me mal, acordei com tonturas, dores de cabeça…

- Já comeu? Deve estar fraca, cê tá mais magrinha…

- Já.. Comi uma fatia de bolo, e tomei comprimido, passou, mas está a voltar novamente…

- Então eu faço o almoço para nós, e se não passar vai ao médico…

- Pode ser gripe, amor. Não vou entupir hospitais.

- Não fala bobagem, quero você bem. – beijou-me na testa.

- Se ainda tiver mal, amanhã, eu vou…

- Está bem, mas vai mesmo! Eu vou fazer o macarrão, venho já..

- Eu vou pôr a mesa. – disse prontamente.

- Vai quê?

- Pôr a mesa…

- Deixa tár sentadinha no sofá, que eu trato disso, tá bem? – beijou-me.

- Amo-te, David. – disse ao arrastar a voz.

- Cê é tão fofa, sabia? Me deixa maluco.

- Não digas isso, vai lá. – disse envergonhada.

- Shiu. – beijou-me novamente. – Te amo, muito!


Ele entrou na cozinha e eu continuei sentada no sofá. Liguei a televisão, mas depressa baixei o som porque a dor de cabeça aumentou. O David chegou pouco depois com as suas tradicionais “taçonas” de macarrão.


- Espero que goste meu anjo. – beijou-me na testa. – Tá se sentindo melhô?

- Não… Está a piorar cada vez mais.

- É melhor irmos ao hospital hoje…

- Não! Eu depois disso vou já para a cama, e melhoro, vai ver!

- Me dói ver você doente…

- Tontinho! – sorri. – A massa tá tão boaaaaaa!

- Ainda bem que gosta, fiz à pressa…

- Foi feita com carinho?

- E amor…

- Então é esse o segredo! – pisquei-lhe o olho.

- Cê até doente é linda… - eu corei e não lhe respondi. – É verdade, não fica envergonhada, não…

- Não digas disparates, David Marinho.

- Você se apaixonaria por um cara que não diz disparates?

- Bem pensado! – ri-me.

- Então não pode resmungar, não!

- Peço desculpa! – disse e sorri. – Vou pousar a loiça na cozinha, venho já. – disse enquanto me levantava.

- Ei, ei! Cê não vai a lado nenhum! Senta aí que eu venho já!

- Eu não sou nenhuma inválida, óh!

- Mas é minha princesa, por isso…


Ele levou a loiça e pelo barulho colocou-a na máquina de lavar loiça. Voltou para a sala rapidamente e começou a pegar em mim ao colo.


- O que estás a fazer? – perguntei imediatamente.

- A levar-te para cima, gatinha.

- Eu ainda tenho pernas…

- Sim, mas enquanto eu poder, irei levar vocêêê!

- És um mono, David. Sabias?

- A mesma pessoa que o afirmou casou comigo, por isso, é numa boa.

- Numa boa? – imitei o seu sotaque.

- Sim, cê vai ficá aqui e eu vou po treino, mas volto logo, tá?

- Está bem…

- Te amo, gata. Não saia da cama, só para ir na casa de banho.

- Ok… pai.

- Ei, eu digo a você que te amo, e que é uma gata e cê me chama de pai? – amuou.

- Adoro ver-te assim, adoro, adoro, adoro!

- Tá bom, vou indo…

- Anda cá. – puxei-lhe o braço. – Também te amo muito, amor da minha vida. – beijei-o. - Tá bom assim? – perguntei.

- Muito, e se põe boa, que tou louco que chegue a sobremesa.

- Tu já és louco!

- Por você né… Vá, tenho que ir, que o mister me mata. Venho logo, me liga se acontecer algo!


- Não te preocupes, amor. Vai lá.


A dor de cabeça foi abrandando e, quando o David estava prestes a chegar já suportava ver TV. Ouvi a porta a abrir e a bater e o barulho de alguém a subir as escadas.

- Tá melhor, Paulinha?

- A dor de cabeça está a desaparecer, mas ainda me sinto fraca.

- Trouxe o jantar para nós! – sorriu e tirou de trás das costas uma embalagem do meu restaurante preferido. – Já só tinham arroz de pato…

- Perfeito, perfeito. Digo, tu és perfeito! – beijei-o.

- Cê é que é… - beijou-me de volta e começamos a comer.

- Estou tão cansada para te dar a sobremesa, amor.

- Deixa para lá…

- Oh…

- Cê pensa que não é gostoso dormir amarrado a você?

- Se for tão bom para ti como é para mim… É uma das melhores coisas da minha vida, sinto-me tão protegida por ti… Aliás, sinto-me protegida só por estar na mesma divisão que tu, é inexplicável. Sinto-o desde a primeira noite que passei contigo.

- Oh meu anjo, eu vivo para você, não imagina o quanto é bom ouvir isso, eu agradeço todos os dias a Deus, por me ter colocado você na minha vida, cê é a melhor pessoa que alguma vez tive a chance de conhecer, quando olho para você, vejo seus olhos, seus lábios, seu sorriso, fico louco, e penso que tou sonhando, daqueles sonhos de moleque, ou algo assim.

- Amo-te! – foi a única coisa que consegui dizer.

- Eu também, Paula. Te amo, mais que tudo o resto junto.

- És tão lindo, tão lindo…

- Não diga bobagem, cê é que é… Bem que me podia dar uma filhinha…

- Se eu hoje não tivesse tão cansada… Prometo que amanhã começamos a tentar. – beijei-o.

- Tá falando sério?

- Sim, ou achas que eu não quero?

- Te amo, tanto!

- Eu sei, que sou maravilhosa. Vá agora que já acabaste, anda para a minha beira.

- Eu vou, me deixa só vestir as calças, cê tá quente?

- Um pouco, deve-me tar a vir febre…

- Então durmo só de calças.

- Ui, gosto disso! – beijei-o.





Paula 
Todos os direitos reservados ªª


7 comentários:

  1. ui, com tonturas??
    Será que a filhinha vem sem ser preciso mais treino??

    Adorei...

    Bjs e Bom Ano

    Clara

    ResponderEliminar
  2. Ai ai, que vem aii a camiinhO!! Hum!! TOu curiiOsa..

    AdOrO..
    BjnhOo

    ResponderEliminar
  3. Lindo….

    Que virá aí….

    Continua….

    Ah e que o próximo ano seja melhor que este que está a terminar!!

    Adoro-te

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  4. Ai que eles são tão fofos *-*

    A filhinha vem mais cedo ? huum

    Continua! :D

    ResponderEliminar

Bem-vindo (a) !

Muito obrigada pela tua visita.
Espero que gostem do que eu escrevo, e comentem, porque os comentários são um incentivo para continuar, e sem comentários não fico com muita vontade de escrever. Obrigada ;)



Visitas

Pesquisar neste blogue