nonagésimo capítulo

No Domingo almocei com os meus primos no Colombo e depois de um passeio pela cidade fomos ver o Benfica ganhar ao Braga. O David estava contente e o dia seguinte foi focado nas prendas de Natal, e de descanso quando chegámos a casa.


TERÇA-FEIRA: 14 de Dezembro de 2010


Acordei com a chuva miudinha a cair, o David dormia serenamente, e estava com um dos braços, contornando-me a cintura. Os seus caracóis estavam perfeitos, e estavam cada vez mais dourados nas pontos. Mexi-lhe neles, eram suaves, voltei a fazê-lo, desta vez com mais força e consegui desfazê-lo, ele moveu-se e amarrou-me ainda mais. Eu ri-me com a sua expressão e ele começou a abrir os olhos.


- Vem, se deita aqui comigo, não vá.

- Ãh? - ri-me. - Eu também não quero sair.

- Então se junta mais, para aproveitar esse momento tão gostoso.


Eu juntei-me a ele, e ficámos a trocar mimos durante algum tempo. Depois, fiz bacalhau com natas e jantámos no quarto, ele estava super cansado destes dias de trabalho intenso. Ele saiu para o treino às 16, e chegou a casa já tarde.



QUARTA-FEIRA: 15 de Dezembro de 2010


Quando acordei o David já tinha saído para o treino, tomei um banho relaxante e vesti uma roupa quente e confortável.

Conduzi para a praia do Guincho. Sentei-me na areia fria e dura e olhei para o mar, e os surfistas que aproveitam as suas altas nuvens. Senti-me no começo, foi como um deja vú. Era estranho estar nesta praia e não reconhecer ninguém. Não olhar para as caras mesmo ao longe, reconhecê-los e acenar.
Fechei os olhos e várias lembranças me vieram à cabeça, mas uma permaneceu durante mais tempo.


LEMBRANÇA: 17 de Março de 2006


Ouvi a campainha tocar e apressei-me a vestir o vestido.

- Paula, o Marco chegou. - ouvi a voz da Mari.

- Um segundo. - gritei de volta.


Acabei de me maquilhar e fiz uma trança rápida presa na lateral por um grampo. Desci as escadas já com e lá estava o Marco, sentado no sofá com a Mariana e o Rúben.


- Olá. - disse e beijei-o na face. - Bem vamos andando? - perguntei.

- Claro. Até amanhã!


Saímos de casa e entrámos no carro dele. Ele estava particularmente bonito e bem arranjado. O seu cabelo estava mais comprido, e ondulado nas pontas, porém estava particularmente mais bonito do que das outras vezes.
Ele parou o carro junto a uma falésia. Nunca tinha visto nada igual, a vista era maravilhosa, e o silêncio, das melhores coisas que já ouvira.


- Isto é lindo! - afirmei, sorrindo.

- Linda és tu. - disse ao mesmo tempo que se aproximava de mim. - Tu sim, és a coisa mais bela que alguma vez vira.

- Pára com isso, Marco.

- Sabes que é verdade. - colocou uma madeixa do meu cabelo para trás e eu arrepiei-me.

- Marco... já sabes que quando dizes isso eu...

- Tu o quê?

- Tu sabes que estou a começar a gostar de ti. - disse-lhe, olhando-o nos olhos.


Ele puxou-me para ele e beijou-me, foi um beijo longo e sentido. Gostava dele, isso era mais do que óbvio. Se não gostasse não tinha deixado o Gonçalo.


- Eu também. - disse-me entre beijos. - Eu também!


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Olhei para o telemóvel e presumi que o David já estivesse em casa. Conduzi para lá calmamente e vi o seu carro à porta. Tivemos o resto do dia amarrados no sofá a aproveitar os nossos últimos dias de solteiros.


--- Passei a quinta-feira no estúdio a fotografar para a Victoria's Secret.


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SEXTA-FEIRA: 17 de Dezembro de 2010


- Amor, vou indo pa Caixa. - disse-me ao ouvido, fazendo-me acordar.

- Já? - perguntei ainda ensonada.

- Sim, mas descansa. - beijou-me e saiu.


Dormi ainda umas horinhas...


- Sua dorminhoca... tem que acordar!

- Só mais cinco minutos. - disse, ao mesmo tempo que me colocava debaixo dos cobertores.

- Já é hora de almoço. Vamo, que eu fiz macarrão, com carne e feijão.

- Hum... Só se me deres um beijinho.

- Beijinho é de panisga! Beijão!


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- Vamo agora.


Deu-me a mão e descemos as escadas colados, o macarrão estava óptimo. Ele voltou para a Caixa de tarde e eu passei o resto do dia no estúdio, logo, já só vi de noite.

Cheguei a casa e subi as escadas, ele já estava na cama, jogava PES, mas assim que me viu pousou no comando e sorri.


- Tava vendo que não!

- Desculpa, coração. - debrucei-me e beijei-o. - É só vestir a camisa e vou já para a tua beira, sim?

- Sim, a vestir pode demorar, para eu olhar.

- Seu porco! - disse rindo-me.

Vesti-me o mais rápido que consegui e corri para junto dele.


- Até que enfim! - disse, agarrando-me.

- Digo o mesmo, meu amor. - beijei-o.

- Isso é tudo saudades?

- Tudinho!

- Te amo, amor da minha vida.

- Eu também, David Marinho!

Paula ♥

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amanhã estarei todo o dia fora, e não poderei escrever  um novo capítulo, mas no domingo, irei fazer todos os possíveis. E, como estarei o dia fora, os comentários serão aceites assim que chegar a casa. Obrigada pelo o apoio. Beijinhos!