domingo, 26 de dezembro de 2010

nonagésimo nono capítulo [99º]

QUINTA-FEIRA: 23 de Dezembro de 2010


Passamos o dia inteiro na praia, não era propriamente o sítio onde eu gostava mais de estar, mas o David estava super feliz e, ao vê-lo assim, eu ficava também.

De noite acabámos por adormecer cedo. Estávamos exaustos.



SEXTA-FEIRA: 24 de Dezembro de 2010


Pela primeira vez na nossa pequena lua de mel, acordei mais cedo do que o David. Olhei-o, dormia serenamente, os caracóis estavam com uma cor perfeita, que o sol lhe tinha presenteado. Ele amarrou-me na cintura com mais força e, eu beijei-o na maçã do rosto mais descoberta. Sabia que o amava e, era por isso, que fazia o sacrifício de passar o Natal longe da minha família, e do meu país.


- Oi, já tá acordada? - ouvi a voz dele, mas os seus olhos ainda estavam fechados.

- Dorme, macarrão... - disse instantaneamente.

- Macarrão? Cê não imagina à quanto tempo ninguém me chamava isso.

- Ai é?

- Sim, me lembra do tempo gostoso que passei no Brasiiiiiu.

- Nunca me falaste muito do teu tempo de jovem, cá...

- Tive vivências muito diferentes da sua, meu amor. - eu não disse nada e continuei a ouvi-lo. - Os meus pais não tiveram sempre presentes, porque eu tava longe de casa, então isso, fez com que eu esquecesse de meus princípios, meu anjo. Fiz algumas loucuras, mas foi isso que me fez o homem que sou hoje.

- E que homem...

- Te amo! - beijou-me. - Você é tão linda...

- Não digas isso. - senti a minha cara a queimar.

- Digo, sim. Tem que saber que é a mulher mais linda que eu já vi nessa vida, e sei que nunca ninguém vai chegar nem perto dessa beleza.

- Pronto... Temos que ver a que horas vamos para Juíz de Fora... - mudei de conversa.

- Não muda de conversa não! Vamos tarde, gatinha.

- Mas eu quero ajudar a tua mãe, não quero que ela faça tudo sozinha...

- Ela tem as tias, é na boa, a sério! Nem a Belle ajuda.

- Mas eu não me sinto bem. - confessei. - Ir, e nem ajudar...!

- Vai comigo, o rei da casa... - riu.

- És pouco convencido, és!

- Posso ser, não posso?

- Podes tudo o que quiseres. - beijei-o. - Mas hoje não vamos para a praia, está bem?

- Sim, vamos dar uma passeada.

- Então vou tomar banho, deixo-te ficar mais um bocadinho na cama, e depois vais tu, sim?

- Siiiiiiim!


Tomei um banho quentinho (porque apesar do calor, não dispenso água quente no banho) e comecei a vestir-me.


Kristin Cavallari

Fizemos as malas,, fomos almoçar a um restaurante ainda em Angra e depois apanhamos o barco para o continente.


- É a Belle que nos vem buscar, ou vamos de táxi, amor? - perguntei.

- Vamo de táxi... - beijou-me na testa. - Assim dá pra namorar mais um pouco.

- Adoro isso.  - beijei-o. - Sabes? Estou-me nas tintas para que alguém tire fotografias nossas, afinal, se não aproveitarmos agora, nunca iremos fazê-lo.


Ele separou as nossas bocas ao fim de algum tempo.


- Cê tá doidona! Me deixa sem folgo!

- Gostas? - perguntei.

- Amo. - respondeu-me e eu abracei-o.


Chegámos a Juíz de Fora às 19h, da tarde, o portão estava aberto, e a coisa que mais se ouvia eram pessoas a falar.


- Já chegaram! - disse a Belle enquanto caminhava rapidamente junto a nós.

- Até parece que tinha saudade!

- Oh, nunca te vejo, Davi...

- Eu sei, maninha.

- E você, Paula...! Tá sempre linda, e já tá morena!

- O teu irmão obriga-me a ir para a praia. - ri-me.

- É linda de todas as maneiras... Né, Belle?

- É mesmo! Venham, que tem ali pessoas mortas por vos verem.


A casa dele era a mesma desde o ano passado, e nada se alterou que eu tenha notado. Era uma casa de família humilde, muito bonita. Caminhei de mão dada a ele até à sala, onde estava a família toda reunida.


- Oi! - disse o David assim que entramos.

- David! - disse um rapaz que me era desconhecido que correu para ele e o David abraçou.

- Oi Gabriel, cê tá crescido! Quantos anos já fez?

- Catorze... - disse envergonhado.

- Sério? Tá parecendo um homem, já!


O rapaz estava super envergonhado e vermelhinho. Olhou para mim e eu sorri-lhe.


- Então? Sorrindo prá minha mulher? - ele assentiu envergonhado. - Deixa eu apresentar! Paula, esse é meu primão Gabriel, Gabriel, essa é minha esposa linda.

- Olá! - disse-lhe.

- Oi... - acabou por dizer envergonhado.

- Então minha gente...! Tá um calorzão por aqui! Minha mãe entregou as coisas que mandei de Portugal?

- Entregou, mas agora queremos autografadas, agora que tá cá! - disse a tia Manoela.

- Com certeza!


Enquanto ele deu autógrafos e tirou fotografias com a família, eu sentei-me e comecei a falar com a Belle. Sinceramente, sentia-me estranhamente em casa.



Paula 

Todos os direitos reservados ªª

10 comentários:

  1. E QUASE NO CAP. 100 :D
    1ª hein? Estou ansiosa para ler o 100! Continua!

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  2. oh minha querida, obrigada!
    estou a adorar, continua <3

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  3. épááá! são mesmo fofinhos, hein ? :D
    te amo gatinha (L)

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  4. adorei...

    quero mais...

    tá muito fixe...

    continua...

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  5. adorei *_*

    ao tempo que eu já não vinha aqui comentar...

    e peço desculpa por issoo... só tenho tido tempo para ler...

    quero mais pode ser?

    :) beijinho

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  6. Muito muito bom, adorei Paulinha !!
    Continua ^^
    Beijãooo (L)

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  7. paulinha essa era para rir? não seja tola, já sabes o que acho da sua escrita :)

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Espero que gostem do que eu escrevo, e comentem, porque os comentários são um incentivo para continuar, e sem comentários não fico com muita vontade de escrever. Obrigada ;)



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