domingo, 24 de outubro de 2010

sexagésimo primeiro capítulo [61º]

O resto do dia foi bastante descontraído, eu fiz bacalhau com natas ao almoço, e, quando o David foi para o treino levei a D. Regina a conhecer sítios maravilhosos de Lisboa.


SEXTA - FEIRA, 22 de Outubro de 2010 --


Quando acordei o David já tinha saído para o treino, desci as escadas e a D. Regina estava no sofá a ver a Oprah.

- Bom dia querida.

- Bom dia, desculpe ter acordado tarde, estava exausta, já tomou o pequeno-almoço?

- Sim, o David disse para quando eu acordasse comer o que quisesse, espero que não seja abusar.

- Claro que não é abusar, esta também é a sua casa. - sorri. - Quer passear, ou prefere ficar em casa?

- Eu gostava de conhecer umas coisas novas.

- Então vou-me preparar e saímos já. Vou ser rápida. - voltei a sorrir e subi as escadas.

Tomei banho e vesti-me (vê o look aqui). Deixei o cabelo meio liso, meio ondulado, peguei na minha bolsa e desci as escadas, ela já tinha a sua bolsa junto a si no sofá, e já estava calçada.

- Onde quer ir?

- Por mim tanto me faz, mas eu queria comprar algumas coisas para os que ficaram do outro lado do oceano...

- Se quiser podemos ir ao Chiado, já deve ter ido com o David, mas ele não consegue estar lá muito tempo.

- Pois, eu acho que fui lá a primeira vez que vim a Portugal, devia ser em 2007, e voltei o ano passado, mas ele se chateia com todo o mundo pedindo autógrafo e foto, diz que assim não aproveita o tempo comigo, mas e você, gosta?

- Eu adoro o Chiado e a Rua Augusta, prefiro ir fazer compras lá, do que nos centro comerciais, adoro o ambiente.

- Mas é só turistas, né? Você também deve ser solicitada para fotografias e assim...

- Sim, mas eu não me importo. - sorri. - Eu encaro isso de maneira diferente, só vou lá quando não estou chateada, porque eu também já pedi autógrafos e sei como é mau, as pessoas ficarem de trombas, e fico muito feliz, quando as pessoas gostam do que eu faço.

- É, isso é óptimo, vamos?

- Claro!

Conduzi até ao Chiado e estacionei o carro o mais perto que consegui, fizemos umas compras, mas eu comprei poucas coisas, aliás, já não sou a mesma consumista que era há uns tempos. Depois, acabámos por tomar um café numa esplanada ali.

- Sabes, eu ainda me sinto mal, pelo meu comportamento, quando você me conheceu, e o David a levou a nossa casa no Brasil, conhecer as suas raízes, eu me comportei pior do que uma criança mal educada, eu a julguei, por não ser brasileira, nem ser a mulher que eu imaginava, eu, já te tinha visto numa vez que vim a Portugal, uma festa da Mariana, acho, mas nunca imaginei você com meu filho, você se vestia muito bem, aliás, como ainda se veste, o seu cabelo estava bem tratado e estava maquiada de forma simples, uma beleza que eu nunca tinha visto, muito diferente do que as brasileiras, e mesmo muito diferente das portuguesas, e eu não tava habituada a ver isso antes, muito menos, com meu menino, eu tive medo que você o mudasse. - eu estava calada a olhá-la e tive uma lembrança comprida, mas muito rápida.



- LEMBRANÇA: Dezembro de 2009, sete meses de namoro com o David, viagem ao Brasil.

No Brasil fazia muito calor, todo o ano, mas estávamos no Verão, conclusão? Calor insuportável, ainda bem que só trouxe roupas frescas, pensei. Estou vestida de forma simples (), e, estava sem saltos, porque nervosa como estou ainda caia. Estavamos no táxi, os dois sentados nos bancos de trás, o David de forma descontraída e eu apoiada nele, tremia muito e ele mexia-me no cabelo carinhosamente.

- Chegámos. - disse o táxista, o que me deixou ainda mais nervosa. - São 50 reais.

- Deixe só tirar as malas, que já pago. - disse o David prontamente, e saímos do carro.

Ele tirou as malas e pagou ao táxista, e puxou-me para ele.

- David... - disse e senti a minha voz a falhar.

- Vai correr tudo bem, meu amor. Eu vou estar sempre do seu lado, eu te amo.

Aproximou-se e beijou-me, um beijo muito lento e carinhoso, ele tinha as suas mãos na minha nuca, e mexia no meu cabelo, eu tinha as minhas abertas contra o seu peito, senti uma lágrima a cair da minha face e ele limpou-a rapidamente.

- Não chora não. A única opinião que realmente importa sobre você, aqui é a minha, e eu já decidi que não te vou largar, daqui a três dias volta para o seu cantinho e dentro de dez eu voltarei para perto de si.

- Eu sei, desculpa, eu também te amo, muito. - disse-lhe.

- Você tá fazendo a maior prova de amor, vindo aqui. Eu nunca me vou esquecer disso, gatinha.

- Eu faço tudo por ti. - sorri.

- Vamos?

- Sim, - respirei fundo. - Não podemos ficar aqui para sempre.

Ele aproximou-se da casa e tocou na campainha. Ouviu-se um grande barulho e a mãe do David abriu o portão rapidamente.

- Filho!! - abraçou-o. - Cadê a sua namorada? - disse olhando para mim de alto a baixo.

- Mãe, essa é a Paula, - disse sem me largar a mão. - a minha namorada.

Ela olhou para mim de alto a baixo, revirou os olhos e disse.

- Prazer. Bem, vamos para dentro, quanto tempo você vai ficar? - perguntou-me.

- Eu... - senti a minha voz falhar novamente.

- Vamos ficar três dias, eu provavelmente vou com ela embora.

- Agora que tem uma portuguesa vai esquecer seus pais, suas raízes, tudo o que gosta?

Eu estava parada, o meu coração batia a um ritmo fraco e os meus olhos estavam sensíveis e o David continuava junto a mim, com a sua mão a apertar a minha.

- MÃE? - vi uma rapariga morena que percebi que fosse a irmã do David, aproximou-se e abraçou-o, depois, olhou para mim e deu-me dois beijinhos. - Sou a Isabelle, mas me trata por Belle, vem comigo, vou mostrar-te o quarto onde vai ficar.

A minha mão e a do D. separaram-se e ele respondeu-me com um sorriso tranquilizador.

- Eu supôs que você quisesse ficar com o David. - riu-se. - Então, este é o quarto dele. - disse enquanto abria a porta. - Pode pousar as coisas aqui.

Eu sorri, mas logo percebi que não fui muito convincente.

- Desculpa o comportamento da minha mãe. O David ainda é o seu menininho...

- Eu sei. - sorri.

- Você é muito bonita, meu deus, seu sorriso, dá para perceber logo porque o David se apaixonou por você!

- Obrigada. - corei.

- Belle, - ouvi a voz do D., e ele entrou no quarto. - Paula é muito envergonhada, mas o que você lhe disse, para ela 'tár desse sem jeito?

- A verdade! Ela é muito bonita, e tem um sorriso maravilhoso. - falavam de mim como se eu não estivesse lá.

- É linda, mas é minha. - sorriu e beijou-me na nuca.

------


- E você o mudou, mas para muito melhor. Agora sou é que te tenho que agradecer.




Paula
Todos os direitos reservados ªª
Muito obrigada por todo o apoio no capítulo anterior (:

8 comentários:

  1. Oh páh está maravilhoso..
    Fico à espera de mais..
    Beijinhos

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  2. Então quer dizer que a mãe dele não gostou da Paula... LOOL É menino da mamã depois dá nisso... LOOL

    Está fixe... continua...

    Bjs

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  3. Lindo, magnifico, excelente...

    Quero mais!

    Posta mais hoje por favor, tou tao curiosa...

    Tá muito boa a tua fic... continua...

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  4. muito, muito obrigada a todos. :D

    caty, ela agora já começa a gostar, o pior foi o choque.

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  5. Como é que é possível não gostar, Paula ?
    A tua Fic é execelente, e a ideia de meteres as memórias e assim, foi muito boa mesmo !! ^^
    Parabéns, e continua !! *.*
    Beijo !

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  6. A Paula e a sogrinha até se entendem bem... agora (:

    Quero mais!
    Diz que postas o 62º hoje, sim xD ?

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  7. gostei imenso do cap... adoro o facto de lembrares alturas passadas, torna a tua fic diferente, é uma ideia mt boa, qt ao cap como ja disse ta mt giro, espero por outro hoje para comemorar a vitoria do nosso benfica...

    bjs :P

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  8. obrigada meninas, estou a prepará-lo, tudo indica que posto hoje mesmo! beijinhos!

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Espero que gostem do que eu escrevo, e comentem, porque os comentários são um incentivo para continuar, e sem comentários não fico com muita vontade de escrever. Obrigada ;)



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