domingo, 3 de abril de 2011

centésimo vigésimo primeiro capítulo [121º]

SEGUNDA-FEIRA: 20 de Março de 2011


Passaram 10 dias desde a chegada do David, e 9 desde a sua partida. Havia um vazio no meu coração que era cada vez maior.
Passei estes dias a trabalhar muito para a nova colecção da Victoria’s e fiz sempre voluntariado nos tempos em que tinha livre.
Tinha pouquíssima vontade de sair de casa e ir socializar, e ultimamente andava a sentir-me doente, dores de barriga e cabeça, e quando fui ao médico, este disse-me que podia ainda ser do acidente.

Cheguei a casa, depois de um longo dia a fotografar e mandei uma mensagem escrita ao David, que tinha jogo dentro de uma hora.

“Boa sorte para o jogo, campeão! Estarei a ver e a torcer por ti, amo-te muito!”

Preparei um creme de marisco e quando ele ficou pronto olhei no telemóvel e vi que já tinha a resposta dele.

“Obrigado, meu amor… Vou ver se te dou uma prenda, sim? Beijão, te amo mais!”

Peguei no creme e comi-o, primeiro esperando que o jogo começasse, e depois, após o seu começo.
Vi-o com um nervosismo normal para a ocasião e com o meu coração a palpitar sempre que aquele homem de caracóis tocava na bola, ou aparecia destacado na televisão.
Aos 79 minutos, ele marcou. Fiquei intacta a olhar para a televisão, uma lágrima escorreu-me pela face quando o vi fazer um coração com as mãos. Continuei sem reacção até ao final do jogo, ele provara a toda a gente que era o melhor jogador do mundo em Inglaterra, e a única coisa que eu fiz foi abandonar o homem da minha vida.
Decidi mandar-lhe uma mensagem escrita, mesmo sabendo que ele podia demorar a responder queria que ele soubesse que estou do lado dele.

“Amor, és lindo! Mereces tudo de bom no mundo. Aposto contigo que vais ser o melhor jogador de novo! Amo-te mais do que tudo… Beijão*”

Desliguei a televisão, levei a taça da sopa para a cozinha, peguei no telemóvel e subi as escadas para o quarto, vestindo aí o pijama.
Deitei-me na cama e quando estava prestes a adormecer, ouvi o telemóvel tocar e apressei-me a alcançá-lo. O ecrã ficou preenchido pela foto dele e depois de olhar babada atendi eufórica.


- Parabéns, Vi! – um sorriso irradiava-me a face.

- Oi, meu amó! Desculpa só dar notícias agora!

- Não tem mal, anjinho! Hoje podes tudo! E… obrigado pelo coração, era para mim, certo?

- Claro que era, meu amo! Não tem que agradecé, só agradeci na minha inspiração!

- Oh, amor! – corei automaticamente. – Mesmo comigo aqui?

- Claro, né? Eu te amo gatinha, isso nunca mudará!

- Promete-me, mais uma vez, mas promete… - pedi.

- Eu amo você…  - disse calmamente e prosseguiu - … e isso não mudará nunca! Nunquinha!

- Eu também, David! Eu volto rápido, sim?

- Sim, meu anjo… Descansa, te amo muito. Beijão!

- Beijo…


Desliguei a chamada e adormeci imediatamente.


SEXTA-FEIRA: 25 de Março de 2011

A semana foi toda passada em voluntariado e em indisposições, estava muito bem de manhã, e depois do almoço ficava indisposta e regressava a casa, voltei ao médico no meio da semana mas este disse-me que poderia ser sintomas do aborto que fiz e que mexia comigo sempre que comia.

Ontem jantei com o pessoal e parti para uma semana no norte em casa dos meus pais.
Cheguei de madrugada e agora já acordada a minha cabeça foi invadida por pensamentos.


LEMBRANÇA: 9 de Setembro de 2009

Chegara à minha terra natal à cerca de quatro dias mas ainda não tinha estado muito com a minha família, apenas “visitas de médico”.
Marquei um lanche com as minhas amigas de longa data que permaneciam a viver cá no norte.
Os meus pais estavam num almoço com os amigos, então depois de me levantar (na hora de almoço) e de descer as escadas ainda descalça e com a tijoleira do chão da cozinha a arrefecerem-me os pés, abri o frigorífico e retirei de lá uma salada que tinha preparado no dia anterior, quando previ que isto me acontecesse.
As saudades do meu menino chegaram quando comecei a comer, devia chegar amanhã, e como eu o conhecia devia estar em pulgas para conhecer a minha família.
Acabei de almoçar e subi para tomar um banho e arranjar-me.



Estava um “calor dos diabos”, por isso agradeci o facto de ao menos irmos para uma esplanada mais reservada e fresca.

Dei uma arrumadela no meu quarto e depois peguei no meu carro e conduzi para o local marcado.

Elas já lá estavam, super bonitas e muito mais arranjadas do que eu. Encaminhei-me a elas e abracei-as.


- Deviam-me ter avisado para vir bem vestida!

- Nada disso, nós é que tivemos um almoço da Faculdade do Porto… - apressou-se a dizer a Mariana

- Acho bem! – disse rindo-me.

- Então… Como vais de namorados? Desde que acabaste com o Marco, que nunca mais nos contaste nada… - a Iolanda sempre fora muito curiosa nestes assuntos

- Pode dizer que estou muito bem, nesse ramo… - ri-me misteriosa

- Paula! Conta-nos tudo! – a Mariana sorriu

- Bem… Estou com uma pessoa desde Março…

- MARÇO? – a Iolanda falou tão alto que colocou tudo a olhar para nós.

- Sim…


“I can fly/ but I want his wings/ i can shine even in the darkness/ but I crave the light that he brings/ revel in the songs that he sings/ my angel Gabriel”


O meu telemóvel tocou nesse momento e ao ver a imagem dele no fundo do ecrã, esbocei um enorme sorriso e atendi de seguida.


- “Amó…” - ele arrastou a voz

- Então, que vozinha é essa? – perguntei a medo.

- “‘Tô morrendo de saudades suas, meu anjo!”

- Oh, amor! Eu também! Muitas!

- “‘Tá fazendo o quê?”

- Estou na Chiffon Deux a lanchar com as minhas meninas de cá… - sorri olhando para elas.

- “Quem me dera estar com você!”

- Anda… Põe-te no carro, ou apanha o avião que é mais rápido e anda… Tenho a certeza que elas não se importam.

- “Amanhã amó…”

- ‘Tá bem…  Ainda me ligas, hoje?

- “Ligo sim! Se não for antes, depois do jantá eu te ligo…”

- Tá bem. Amo-te muito, Vi! Beijinhos.

- “Eu também amo você um montão! Beijão!”


Desliguei a chamada e entretanto a senhora chegou para fazer o pedido, e assim que nós fizemos e ela saiu da nossa beira, as meninas fizeram uma expressão estranha.


- Que se passa? – perguntei imediatamente.

- Não vais acreditar quem veio aqui!



Paula 
Todos os direitos reservados ªª

Desculpem por não ter postado ontem, mas o meu servidor não estava a deixar -.- Espero que gostem!

15 comentários:

  1. fantastico...

    quero mais...

    continua...

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  2. Paula Maria, já nem sei o que te dizer!
    Cada vez gosto mais da tua fic, meu amor! Quero sempre mais, quanto mais leio, mais e mais quero! Fico à espera do próximo porque este final deixou-me com a pulga atrás da orelha! :b
    Beijão, amor! :)
    Te amo! <3

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  3. ana: muito obrigada!, beijinhos (:

    drizona: ahaha, obrigada amor. quanto à "pulga atrás da orelha" ando a aprender com a melhor :b

    beijinho, te amo, muuuuuuuunto! <3

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  4. Paulinha, sabe bem ler um capitulo teu :)
    Agora quero o proximo tá?
    Beijinho
    A'S

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  5. Lindo!
    Adorei!
    Sabe tão bem ler um capítulo teu depois de fazer um trabalho chato e com os nervos que estou por causa do jogo! Ai! Muito melhor agora, depois de ler esta preciosidade!
    Obrigada e beijinhos!

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  6. Uii O qe se passara' cOm ela!! --'
    CuriiOsa.. COntiinua.. =D
    BjnhO =D

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  7. muito obrigada!

    beijinhos, minhas lindas!*

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  8. Paula, para quando estes dois juntos novamente??

    Não estou a gostar desse mal estar da Paula?? Hum... o que virá aí??

    Linda, quero mais....

    Beijinhos

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  9. essas más disposições, humm, é para desconfiar ou não? :p
    E quem será qe apareceu ali? :o
    beijinhoo

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  10. caty: huuuum, como amiga digo-te que já esteve muito mais longe! obrigada, beijinhos!*

    cinefreak: tá-me a parecer que és inteligente demais, mas shiiiiiiiu :b
    beijinhos!*

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  11. Aii, Paulinha, está tão tão mas tão bom. Está mesmo lindo !
    E acabaste logo NAQUELA parte xD
    Está mesmo muito lindo!
    Continua,Paulinha!
    Beijãoo <3

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  12. oh, obrigada minha linda! :D

    beijinhos <3<3

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  13. Olaaa


    A tua fic esta linda :d


    Nunca pares de escrever :d


    vou passar a seguir :d


    beijinhos


    Annie(http://fics-annie.blogspot.com)

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Espero que gostem do que eu escrevo, e comentem, porque os comentários são um incentivo para continuar, e sem comentários não fico com muita vontade de escrever. Obrigada ;)



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