domingo, 6 de fevereiro de 2011

centésimo nono capítulo [109º]

TERÇA-FEIRA: 1 de Janeiro de 2011 - Madrugada


A viagem até Inglaterra correu naturalmente, bem, naturalmente não sei, porque dormi praticamente todo o tempo.


- Gata. – ouvi ao meu ouvido.


Abri os olhos depois de algum esforço e vi o David debruçado sobre mim, beijei-o e olhei pela janela, consegui reconhecer Londres, mesmo à noite, era uma cidade lindíssima, e apesar de preferir Lisboa, podia ter calhado pior.


- Desculpa ter dormido a viagem toda. – acabei por dizer.

- Não se preocupa não, amô… Nesses últimos dias não dormiu nada!

- Não faz mal… queria ter ficado acordada…

- Shiu! Vamos ter muito tempo para falar, e quando chegarmos ao hotel, volta a dormir… assim descansa bem, que vai ter que ser minha tradutora. – eu ri-me.

- Tudo bem… - beijei-o. – Amo-te, macarrão!

- Eu sei, eu também.


Saímos do avião e passámos despercebidos (ainda bem), o carro alugado pelo clube já nos esperava e seguimos para o hotel, adormeci logo depois de vestir o pijama nos braços dele, os braços em que eu me sentia protegida, e os braços do homem que amava e que iria para qualquer lado com ele.


-DE MANHÃ-

Acordei cheia de dores de cabeça, ao meu lado, o David ainda dormia. Acariciei a sua face, mas este não teve nenhuma reacção e continuava numa respiração profunda.
Precisava de um banho, porque pelo o que ele me disse ontem queria que eu fosse ao estádio com ele, e estava num estado lastimável para o fazer.
Tomei um banho relaxante e quentinho e vesti uma roupa bonita e confortável.




dress like sienna miller




Quando acabei de me vestir reparei que ele já estava pronto também.


- Isto de tar numa suite de hotel tão grande não tem graça nenhuma, nem te pude ver a vestir. – disse ele assim que viu que eu também tava vestida.

- E tens que ver, óh? Pensas que és quem?

- Ninguém, apenas seu marido, pai desse neném…

- Neném?! Isto chama-se bebé óh!
- Para mim é neném. – amuou.

- Mas… Eu pensava que ainda não tínhamos decidido o nome… - ri-me.

- Cê é muito parvinha! Mas adoro esse seu jeito. – amarrou-me para ele.

- Ui, andamos muito queridos, David Marinho!

- Cê sabe que eu sou assim… Sou sempre querido.

- Quase sempre… - disse-o apenas para o provocar.

- Nem me deixa mal disposto, é impossível ficar com você a meu lado. – beijou-me.

- Vá, vamos que não vais chegar atrasado ao teu primeiro dia.

- Tou nervoso. – confessou.

- Até eu estou… Mas vai correr tudo bem, eu sei que vai!

- Obrigado por ter vindo… Por tár aqui…

- Tá calado com isso, que ainda me ponho aqui a chorar, caracóis!

- Calei. Vamo então. – deu-me a mão e seguimos para o carro que nos esperava.


Há entrada para o estádio estavam muitos jornalistas que o esperavam, a ele, e provavelmente ao Torres, que por informações que ouvimos na rádio, já tinha entrado, ou seja… Estávamos atrasados.

(As palavras dos jornalistas e das pessoas do estádio serão em Inglês, mas vou escrever em Português para facilitar a quem não percebe a língua (: )


- Lúize! – chamavam com um sotaque engraçado. – Paula! Paula! Lúíze!


Acenamos os dois.


- Pô, acho que vou ter que dar aulas de Português para esses babacas, ein! Meu nome é Daví Luiz! – segredou-me o que fez com que eu me risse automaticamente.

- Só tu!

- Você me traduz o que os caras disserem…!

- Claro, amor.


Os seguranças do edifício abriram-nos a porta e à espera estava o presidente do clube inglês.


- Olá! Sejam muito bem-vindos à vossa nova casa.

“A minha casa é, e sempre será o Sport Lisboa e Benfica, óh!” – pensei.


O David deu-me indicação que tinha percebido o que o senhor nos dissera e assim escusava de traduzir, eu limitei-me a sorrir.


- Bem, vamos dar uma volta para conhecerem o Estádio, e depois teremos a reunião.

- Gostaríamos muito, obrigado.


Ele mostrou-nos o novo local de trabalho do David, e depois tivemos uma reunião, sobre a cláusula, o ordenado e burocracias. Traduzi-lhe tudo o que ele não percebera.
Depois, deram-nos a escolher entre algumas casas, tarefa que preferimos dar a resposta mais tarde, pois naquela altura estávamos ambos cansados, e sem cabeça para pensar mais nada.

Voltámos para o Hotel, e mal chegámos à nossa suite, tirei os sapatos e atirei-me para cima da cama.


- Isto é sempre assim? Quer dizer… Quando vieste para o Benfica foi assim? – perguntei ainda deitada.

- No Benfica foi ainda mais cansativo, estava com o meu agente, e não havia tantos luxos, sabe? Eu vim à experiência, foi assinar uns papéis, ver a Catedral… - quando ele disse esta palavra deu-me um aperto no coração. - … o meu agente me levou a conhecer um pouco de Lisboa e me deram um apartamento. Nem roupa quente tinha. – riu-se.

- O Benfica não é tão rico quanto o Chelsea, se fosse não precisava de vender já… - contrapus.

- Não tô dizendo nada, gata…

- Eu sei, amor. Desculpa… - levantei-me, puxei-me para mim e beijei-o.

- Não tem mal… Vamo dormi? Tô cansadão…

- Vamos. – sorri.



Paula 
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6 comentários:

  1. obrigada minhas lindas!!

    beijinhos <3<3

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  2. Ameii cOmO deste a vOlta a siituaçãO!!

    EstOu a gOstar cada vez maiis.. =D

    COntiinua..

    BjnhOs

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  3. Está tão lindo, Paulinha! Eu adoreii mesmo muito!! +.+
    Continua, o teu trabalho é excelente!
    Beijãoo (L)

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  4. obrigada diidii! beijinhos


    bia: óh minha linda! muito obrigada, sim? te amo <3

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