Hoje tinha uma reunião com os produtores do meu CD, já tinha feito as gravações em Nova Iorque, em Agosto. Queria lançá-lo no início do próximo ano, e era um álbum com faixas de variadas fases da minha vida.
Não comi nada em casa, saí directamente para o ‘Louis Hotels’, tremi só de pensar que o Marco poderia estar lá. Mas não podia deixar de fazer as minhas coisas com medo de o ver.
Entrei no hotel e dirigi-me à cafetaria, encontrar-me-ia lá com os produtores.
- Deseja alguma coisa, menina? – perguntou o barman.
- Sim, um café duplo e uma fatia de bolo bolacha e caramelo, por favor.
- Trarei já. – sorriu.
Mandei uma mensagem ao David.
“Hoje a nossa despedida foi fraquinha L, já tenho saudades tuas, meu amor. Vou ter daqui a pouco reunião. Depois, manda mensagem quando chegares, sim? Beijo, amo-te coração!”
O senhor trouxe o que lhe tinha pedido e eu, comi tudo pouco antes dos produtores chegarem.
(A conversa será em inglês, mas para não escrever as falas duas vezes, colocarei apenas a parte em português.)
- Paula! Desculpa o atraso… - ouvi sotaque inglês atrás de mim, e quando me voltei vi-os.
- Olá! Não tem problema. – sorri.
- Vamos então para a sala de reuniões? – perguntou o Keith.
- Claro.
Seguimos para a sala, na verdade eu conhecia aquele hotel demasiado bem. A reunião foi decisiva, agendei algumas entrevistas e sessões fotográficas para a campanha e dei a minha opinião relativamente a muitos detalhes.
- Então, resto de bom dia, e até breve! – disse o John.
- Obrigado por tudo, até breve! – sorri e encaminhei-me para a porta de saída do hotel.
Vi um segurança entrar no hotel, e atrás dele vinha, o Marco e a Marta, a sua irmã. Ambos congelaram, tal como eu, fiquei imóvel a olhá-los. O Marco estava com uma aparência mais madura, o seu cabelo loiro estava ligeiramente mais escuro e mais curto, estava com a barba por fazer e isso tornava-o mais velho, tinha vestidas umas calças de ganga, uma camisa branca e um blazer. A Marta sorri ligeiramente e eu sorri de volta, aproximei-me dela e abracei-a, quando desfizemos o abraço, o Marco estava ainda mais incrédulo a olhar para mim.
- Está tudo bem? – disse olhando para a Marta.
- Sim, já não te via às uns tempos…
- Nem eu, já tinha saudades, querida. – sorri. – Recebeste o meu convite?
- Recebi… - sorri. – Fiquei muito contente, por te lembrares de mim.
- Eu nunca me vou esquecer de ti, - olhei para o Marco, de seguida. – De nenhum de vocês. – fez-se um silêncio horrível. – Bem, tenho que ir… Até… breve. – acabei por dizer.
Não esperei pelas reacções deles, concluí a minha saída do hotel e entrei no meu carro, estava feliz, feliz por finalmente ter ultrapassado isto. Olhei no telemóvel, e, para além de ver que já eram três da tarde, tinha uma mensagem do David.
“Cheguei agorinha, gatinha, quando sair da reunião me liga. Também já tenho saudades suas. Beijo, te amo muitãão!!! <3”
Marquei o número dele e chamei.
- “Só saiu agora, meu amor?”
- Só… Vou ao shopping comer qualquer coisa.
- “Cê tem que se alimentar direito, não quero que coma qualquer coisa, não.”
- AHAHA. Está bem, pai!
- “Não brinca, tou falando sério.”
- Sim, sim…
- “Correu bem a reunião?”
- Correu…
- “Que vo(i)z é essa?”
- É que, eu… - fiz uma pausa.
- “Você o quê? Tá tudo bem?” – falou muito rápido.
- Foi no hotel do Marco, e acabei por encontrá-lo.
- “Ele fez mal a você? Se ele te tocou, eu mato, ele!” – começou a elevar o tom de voz.
- Calma, amor. Ele não fez nada…
- “Então porque tá assim?”
- Porque acho que finalmente deixei de ter receio de o encontrar, acho que finalmente posso ser totalmente feliz, David.
- “Eu pensava que já era feliz comigo…”
- Não sejas tonto. Eu já era e sou muito feliz contigo. Tu percebeste o que eu quis dizer, sabes que te amo, muito!
- “Pois sei, mas já sabe como sou. Morro de medo de te perder, e não irei suportar que alguém te faça sofrer.”
- Eu também tenho medo de te perder. Mas ambos sabemos que não podemos estar sempre a pensar nisso. Eu vou passar o resto da minha vida contigo, se deixares.
- “Te amo…”
- Eu sei… Vá, agora tenho de ir comer. Beijo.
- “Beijão!”
Conduzi até ao Centro Comercial Vasco da Gama e acabei por comer um McChiken, dei alguns autógrafos, tirei algumas fotografias e voltei para casa.
O resto do dia foi calmíssimo, fiquei no sofá, com o computador.
Paula ♥
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Muito, muito, muito obrigada pelas mais de 35000 visitas, não estou em casa, o post foi automático. Beijinhos!