sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ai meu deus :'|

Peço muitas desculpas mas estou sem vontade, tempo ou cabeça para escrever para a fic, talvez um dia volte.

Para quem quiser continuar a ler algo meu, ou até comunicar, pode ir ao meu blog pessoal:


sábado, 17 de setembro de 2011

centésimo trigésimo sétimo capítulo [136º] ♥




Lembrança: 30 de Agosto de 2010

Depois do jogo do David de ontem (onde o Vi não conseguiu mais que um simples empate) decidimos passar a tarde de folga dele estendidos na toalha, numa praia da costa da margem sul.

Pouco passava das 16:30h quando chegámos ao nosso destino.
Estava um dia normal de últimos dias de Agosto, a praia mais agitada perante chegadas e partidas. Obviamente e como já era normal assim que pisamos areia, setenta e cinco por cento da praia nos olhou, olhava para David, a estrela do futebol que ia para a praia, como qualquer cidadão,  e depois para a sua namorada. Confesso que aqueles olhares me incomodavam. Naquele momento não me conheciam pelo meu “trabalho”, mas sim por me verem como “mais uma” que se ia aproveitar de um jogador de futebol.
Estendemos as nossas toalhas e colocámos dois pára-ventos à nossa volta, assim ficávamos mais protegidos e resguardados.
Os olhares continuaram para nos verem em biquiní e calções de banho, e até como reagiríamos.
Mas, ao olhar para o meu namorado, percebi que havia outra coisa a incomodá-lo, e que lhe chamava a atenção.


- Então, amor? – aproximei-me dele – Que se passa?

- Nada não… - respondeu-me com o pensamento a voar

- Algo é, Vi…

- Olha pr’áquele senhó, amô… Velhinho, de muletas, com o guarda-sol mais uma mochila nas costas… E com o neto tentando ajudá-lo…

- Vai lá ajudá-lo, meu príncipe…  - sabia que era a vontade dele

- Cê acha? Ainda é lagarto e me bate…


Eu ri-me levemente.


- E se for? Tu lutas pelo Benfica, mas acima de tudo, és um ser humano, com coração! O melhor do mundo! – sorri docemente

- Vou lá, então… - disse nervoso

- Vai, amorzão! – incentivei-o e beijei-o nos lábios



- VISÃO DO DAVID –



Depois do beijo dela, me enchi de força e fui ter com eles.


- Desculpe… - comecei por dizer – O senhó precisa de ajuda? – os dois me olharam

- Perdão? – disse o senhor

- Tava perguntando se você precisa de ajuda… Eu posso ajudá a levá isso tudo…

- Mas o menino não é defesa central do glorioso?


“Bom, se disse “glorioso” é porque deve ser do Benfica! Beeeem! Já me safei da porrada!” – suspirei levemente


- Aqui sou apenas o Davi’! – sorri

- Oh menino, eu cá me arranjo! Aproveite a praia…

- Nada disso, eu vos ajudo… - olhei para o garoto que me olhava muito – Oi, pequenino! Como cê se chama?

- Manuel… E tu? És mesmo o David?

- Eu mesmo! – peguei nas coisas e fui ajudando-os

- Obrigado, rapaz! – agradeceu o senhor assim que chegamos ao lugar que ele escolhera, perto do sítio onde a minha princesa me esperava

- De nada! Sempre às ordens! – ele cumprimentou-me e eu apertei a mão também ao seu netinho



--



SÁBADO: 18 de Fevereiro de 2012


Acordei com esta recordação do David docinho neste dia frio de inverno.
Hoje ele tinha jogo, logo após ao almoço, e a hora já estava bastante avançada e o mais provável era ele já ter saído e a ama da pequenina já estar cá.
Vesti um casaco assim que saí da cama e desci as escadas, lá estavam as duas.




***


Acabei por vestir uma roupa muito quentinha, porque lá fora estava um dia super gelado.



Optei por me dirigir às bancadas normais assim que cheguei ao estádio, não conseguiria voltar ao camarote das mulheres dos jogadores depois de tudo o que se passou…
Felizmente as pessoas já não me reconheciam muito no estádio, um olhar ou outro, mas nada demais. Era a bancada da claque dos ‘Blues’ , e os rapazes não ligavam tanto a isso, por isso só sentia algumas raparigas a olharem-me.


“Princesa, já está no estádio?” – recebi uma mensagem do David

“Shim, acabei mesmo agora de me sentar…”

“Hum, em que lugá?”

“Na claque, Vi…”

“Então assim que eu entrar te vou dar um beijo, sim?”

“Sim, meu amô!”


Passado pouco tempo ele entrou em campo, foi super aplaudido e os adeptos com as cabeleiras todos entusiasmados.
Assim que ele me viu, fez sinal para eu descer e eu fi-lo rapidamente.


- Oi, amó lindo… - ele disse com um sorriso louco e beijou-me

- Olá, amor… - disse envergonhada após o beijo

- Eu vou jogá… Quando acabá, mando alguém te vir pegá!

- Ok, príncipe! – voltei a beijá-lo


Ele voltou a entrar para o relvado e depois do aquecimento, começou o jogo, que foi extraordinário!


Paula 
Todos os direitos reservados ®

Pessoal!!! Muitas desculpas pela enoooooooooooorme demora na publicação do capítulo, mas não andava (nem ando) muito inspirada para vos escrever!
Podem ver que mudei o blog e até coloquei uma música, mas cabe a vocês decidirem se a querem ouvir, ou não! :b

Quanto à pergunta de uma menina, sobre quantos capítulos ainda faltam para acabar, ainda não sei, já tenho tudo planificado, mas varia muito sobre a imaginação que eu tiver na altura, que dará mais ou menos páginas!

Beijinhos, e obrigada pelo apoio constante, este projeto foi das melhores coisas que me apareceram na vida, neste ano, e isso eu devo-o exclusivamente a vocês :')




terça-feira, 30 de agosto de 2011

1 anooooooo

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Pois é, leitores e leitoras, a minha fic faz exactamente um ano hoje!
E eu achei que era bom fazer um post para agradecer a toooooooooooda a gente que visitou, leu, comentou e seguiu o meu blog durante este tempo todo, sabendo que neste momento (em que estou a escrever o post) tenho 82 190 visitas ao todo; 1 065 comentários e 77 seguidores.

(quero pedir desculpa a toda a gente pela falta de fotos, mas ando com azar com os computadores de casa, e há quem precise cá mais urgentemente de vir. assim que puder respondo a todas as perguntinhas e e posto!)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

centésimo trigésimo sexto capítulo [136º] ♥


- Oi, amor da minha vida… - ele beijou-me apaixonadamente debaixo dos flashes das máquinas fotográficas dos jornalistas


Tenho de confessar, apesar de não estar nada à espera de uma coisa destas, e dos flashes dos jornalistas todos que se encontravam ali, senti-me bem, senti-me amada, protegida.
Ele pegou nas malas, suportando-as num braço, e no outro cobriu-me a mim e à Yasmin, levando-nos para o carro.


- Bem, que frio, David! – senti-me a tremelicar com o tempo gelado de Londres

- Tá de t-shirt, amô… - ele tirou o seu hoodie ficando ele de t-shirt e deu-lho – Toma,  veste isso…

- Oh, mas assim ficas tu, amor…

- Shiu, veste… - ele beijou-me nos lábios e eu vesti-o

- Que vamos fazer hoje?

- Vamo para casa, deixá a menina descansá um pouco, tomá um banhinho quentinho, saí e vamo jantá os três…

- Gosto disso… - sorri, pois era a primeira vez que fazíamos planos a três

- Acho que a Yas também… - ele sorriu ao vê-la muito entretidinha com a chupeta

- É, estou a ver que sim… Ela adora aquela chupeta… - olhei para o banco de trás e fiquei encantada ao vê-la

- Ela é igual a você… Igualzinha…

- Também tem traços teus, tu sabes…

- Sim, mas o conjunto, cê me ganha e ainda bem!

- Porquê?

- Porque cê é linda!

- Shiu, não digas disparates, David!


A viagem começou e foi feita com calma até à casa que outrora fora minha, estava tudo praticamente igual e depois de ter entrado fiquei a observá-la por uns minutos.


- Está algo errado? – perguntou

- Nada, estava só a reparar como está tudo igual… - disse com um sorriso meigo, mas este foi rapidamente substituído por uma cara séria quando me lembrei dos últimos momentos ali, de ele com ela…

- Desculpa… - esqueci-me que ele ainda me conhecia e deve ter percebido

- Desculpa eu… Não queria que você sofresse… Mas sei que é tarde demais prá te pedí isso…

- David… Ela morou aqui contigo?

- Não… Ela nunca morou, nem sequer dormiu comigo… Nós nunca…

- Queres que eu acredite no Pai Natal?

- Quero que acredite em mim, te estou dizendo a verdade… Não ia transa com uma pessoa, quando meu pensamento estava noutra…

- Mas deixaste-me com a Yas na barriga… - disse calmamente

- Te amava na mesma, e pensei em você aquele tempo todo, mas na altura precisava pensar… E sei que fiz a maior borrada da minha vida! Eu sei, eu sei que te magoei muito, mas sei que não vou desistir de você, nunca, Pauwinha! Cê vai ser sempre a mulhé da minha vida! Eu te amo…

- Eu também… Vou dar de mamar à Yasmin e dormir com ela um bocadinho…

- Posso ir com vocês?

- Claro, anda! – sorri-lhe


Dei de mamar à pequenina e depois ficamos os três deitados na cama. Eu abraçada a David e a nossa filha deitada em cima de nós. Dormimos umas três horas e depois de tomar banho, decidi arranjar-me melhor para sair.


- Vamos onde? – perguntei

- Surpresa!

- E visto o quê? Lá está quente ao menos?

- Sim… Veste o que quisé, é linda de todas as maneiras! – disse já vestido com umas calças de ganga, uns ténis e uma camisa


- Oh, tonto! – disse e beijei-o



Escolhi uma roupa mais formal e nestes tons, porque depois da morte da minha avó, ainda não conseguia usar nada super chamativo. A roupa fazia-me mais magra, e com uma barriga super lisa, o que, depois de ter sido mãe, era óptimo para mim. Deixei o cabelo com umas ondas naturais, e a maquilhagem natural, com um eyeliner nos olhos e uma cor suave nos lábios. David estava no quarto da Yasmin a vesti-la, e ela ficou uma autêntica bonequinha e não evitei um sorriso assim que a vi, espreitando pela porta.


- Estou pronta… - disse


Ele virou-se e sorriu, aproximou-se de mim, e beijou-me.


- Tá linda…

- Oh, nada demais, amor… A nossa filha é que está uma bonequinha… - peguei nela ao colo e ele abraçou-me por trás

- São as duas as minhas bonecas… - ele beijou-me na bochecha

- Vamos, Vi? Tou cheia de fome! – ri-me levemente


O jantar foi num restaurante super elegante e agradável e correu lindamente. O David estava feliz por estar ali connosco e até a Yasmin estava mais risonha do que o normal.
Voltamos para casa e a noite foi de descanso e tranquilidade, onde eu dormi no peito do David aninhada, e ele me protegeu com os seus grandes braços.



Paula 
Todos os direitos reservados ®


Peço muitas desculpas pela demora no capítulo, mas estou de férias e torna-se complicado para postar. Além disso quero pedir o vosso apoio, visitando, subscrevendo e comentando o blog, visto que a fic já se encontra praticamente na recta final.

Muitos beijinhos!


domingo, 7 de agosto de 2011

centésimo trigésimo quinto capítulo [135º] ♥

  

O dia seguinte passou muito rapidamente.
Despedi-me da minha família e rumei para Madrid, mas desta vez, a viagem não foi feita sozinha, como já me tinha habituado. David viajou junto a  mim, sem nunca me largar um minuto.
Chegámos rapidamente às terras espanholas e pude, aliás, pudemos, pegar na nossa filhinha ao colo, e comprovar como ela tinha sido bem tratadinha com a minha melhor amiga, Adriana.


*


Apesar do tempo muito bem passado na companhia dele, tudo que é bom passa rápido, e ele teve de ir para as terras da Rainha D. Isabel nessa noite. Ficando eu no apartamento com a Yas e a Dri.


- Hoje passo aqui a noite! – disse Adriana atirando-se para cima do sofá

- Ei, que confianças são essas, Adriana Maria?

- Até parece, tu casa es mi casa, mi amor! – ela disse num espanhol perfeito o que me fez rir carinhosamente

- Muito sabes tu, sabichona!

- Sei tudo muito bem! – empinou o nariz, que só por si já era empinado

- Pois já vi que sim! Então faça o favor de ir ao meu armário para vestir um pijama e cama!

- E cama? Cama contigo, óh!

- Cama comigo! Só vou vestir a menina e já lá vou ter!

- Assim gosto mais! – ela levantou-se molengona do sofá – Vengo ya!

- Eu estou no quarto da Yas! – sorriu e peguei na minha filhinha ao colo que se ria imenso


Mudei-lhe a fralda, vesti um pijaminho quentinho para ela, que ficou no seu berço de princesinha. Liguei também o intercomunicador para ouvir cada detalhe do som dela, na minha mesinha de cabeceira.

  

Quando cheguei ao quarto, Adriana escovava os seus cabelos sentada em frente ao espelho, coisa que só fazia porque os seus lindos caracóis foram substituídos por um cabelo esticado com a chapa.


- Sempre vaidosona, ein?

- Shiu, veste esse pijama e cama, Paula Marie!

- E você manda, mas cama também, amor! – disse enquanto vestia o meu pijama, e só fui à casa de banho para escovar os dentes e fazer as necessidades básicas

- Boa noite, princess… - disse Adriana que já estava deitada, assim que eu levantei o lençol e o cobertor

- Boa noite, anjo da guarda…




 DOMINGO: 12 de Fevereiro de 2012


Acordei e reparei que Adriana já não estava comigo e que o intercomunicador da pequenina estava ligado. Saí da cama num sobressalto e corri para o quarto da minha filha. Felizmente, o quadro que vi, foi melhor que o que esperava. A Yasmin estava no berço e Adriana debruçada a brincar com ela. Assim que notou a presença de alguém olhou para trás e sorriu.


- Anda mamã! Esta pequenina está com fome! – disse carinhosamente

- Estou a ir, estou a ir! – disse animada

- Eu vou preparando o nosso pequeno-almoço! – piscou-me o olho, beijou-me na testa e saiu


Peguei na minha filha e passado pouco tempo, já lhe estava a dar de mamar.
Era o acto mais natural e gratificante da minha vida, dei-lhe uma vida, e agora alimentava-a. Dei até ela se afastar e depois de tapar o meu peito, levantei-a e juntei-a a mim para que ela pudesse arrotar. E, ela fê-lo muito bem e rapidamente.
Peguei nela e pousei-a no sofá, resguardada com as almofadinhas à sua volta.


- Anda para a mesa, Paulinha babadinha! – ela riu-se e quando eu olhei estava uma mesa digna de uma telenovela

- Obrigada, pequenina! – disse e dei-lhe um beijinho na testa



**



Como este, outros dias vieram, mas desta vez era eu só com a minha filha, porque a Adriana tinha trabalhos e um namorado com quem vivia.
Para meu espanto, David ligava-me todos os dias e a conversa não era só sobre a nossa filha, mas sim sobre nós, e eu estava a gostar disto, e a sentir cada vez mais saudades de o ter comigo.
Combinámos um fim-de-semana em Londres, só os dois e a nossa bebé, e passada uma semana, lá chegou ele.



**



SEXTA-FEIRA: 17 de Fevereiro de 2012

Depois de uma viagem de uma hora e um quarto, cheguei com a minha bebé a Londres.
Eu ia normalmente vestida, umas calças de ganga, uns saltos e uma t-shirt, com um casacão na mão. E a Yasmin, ia como uma autêntica princesinha.



Depois de pegar nas bagagens, saí com a bebé no meu colo para a zona de chegadas, e vi logo depois o David à nossa espera.
Ele estava com um hoodie lindo, com o capuz posto, umas calças de ganga normal e uns ténis pretos da Nike.
Assim que nos viu chegar esboçou um sorriso enorme e aproximou-se. Deu um beijinho na filha, e quanto a mim, só sei que não estava nada à espera daquela recepção vinda da parte dele.



Paula 
Todos os direitos reservados ®

sábado, 23 de julho de 2011

centésimo trigésimo quarto capítulo [134º] ♥




Acordei passadas umas horas e um pouco confusa, tinha-me fartado de sonhar, mas não me recordava de nada.
Ouvi um barulho vindo de fora, e um cheiro que me trazia memórias percorreu-me nas narinas,  ele devia estar a cozinhar.
Levantei-me e tirei a roupa, tinha dormido com o vestido, e vesti um pijama bem quentinho.
                         

Sai do quarto e fui até à cozinha, onde lá estava ele, agora sem o hoddie e com a t-shirt a cozinhar para mim. Identifiquei logo a comida que ele estava a preparar, macarrão com atum, um dos primeiros pratos que ele preparou para mim, no Inverno gelado de Lisboa.


- Hum, Boa Noite… - disse ainda embalada no sono

- Boa Noite, dorminhoca… - ele virou-se e sorriu – Dormiu bem, pequenina?

- Dormi, Vi… - beijei-o nos lábios – Foi muita seca sem mim?

- Não… Tive vendo televisão… E seus pais ligaram a dizé que iam comé nos seus tios e vêm tarde, então fui preparando a comida…

- Oh, não precisavas… - disse sem jeito

- Claro que precisava… Amô, me dá as taças para a massa? Já mexi bastante…

- Podes mexer… Mas estão aqui! – ela meteu-as na banca e ele encheu de massa

- Coloquei as coisas na sala, assim tá a lareira e tá mais confortável…

- Obrigada… - disse sincera e olhei-o nos olhos

- De nada, meu amô… - ele esboçou um sorriso lindo e beijou-me na testa – Vem… - ele deu-me a mão e sentámo-nos a comer no sofá


O serão foi agradável, tenho de admitir, o David foi super querido e não deixou que em algum momento me lembra-se da minha avó e ficasse mais triste.

**

- Hum, amô… Amô… - ouvi o David, mas a sua voz parecia distante

- Hum…

- Acorda só um pouquinho…

- Para quê?

- Para se deitá, que eu tenho que ir embora… Seus pais já chegaram…

- Fica comigo, Vi… Fica… - pedi inconsciente

- Hã?

- Dorme comigo… Deita-me na cama e não me deixes…

- Cê qué?

- Quero! Muito, Vi…


Senti-o pegar em mim, deitou-me na cama e lembro que pedi para que ele me abraçasse… Adormeci rapidamente e muito quentinha, nos braços do homem que amava, mesmo depois de ter sido trocada.



Paula 
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(meninas, não se esqueçam de seguir o blog, assim que atingir 100 seguidores, irei escolher aleatoriamente, pelo random, um miminho! :b )

quinta-feira, 14 de julho de 2011

centésimo trigésimo terceiro capítulo [133º] ♥


- Boa noite… - um médico veio ter connosco

- Boa noite, doutor… Novidades sobre o estado médico da minha mãe? – disse o meu tio nervoso levantando-se

- Lamento imenso… Ela não conseguiu resistir…


Foram apenas precisas essas palavras para nos deixar todos mais em baixo ainda. Eu, acompanhada com os meus primos, sentamo-nos no chão a chorar, enquanto o meu pai e os irmãos estavam de pé, abraçados e conformados.

**
QUARTA-FEIRA: 10 de Fevereiro de 2012

Era o dia do funeral, a última despedida.
Esta muito frio e o céu indicava que ia começar a chover torrencialmente. Não comia desde que cheguei de Madrid, não conseguia. Tomei um duche quando me levantei e vesti uma roupa quente e de luto, obviamente.




**

Chegámos à aldeia onde iria ser a missa de despedida e depois o funeral. Estava um “frio de rachar” e o ambiente estava tão mau que eu não aguentei e saí para chorar cá fora à vontade, e assim o fiz.
Uma mão quente pousou-se no meu ombro e senti um respirar calmo junto ao meu ouvido. O meu coração disparou a mil e voltei-me para ver quem era.
Era ele, o homem da minha vida.


- David… - disse com os olhos rasos de lágrimas

- Shiu… Vem cá, muleca… - ele abraçou-me e eu chorei como uma bebé

- Vieste, David… Vieste…

- Claro que vim… Tenho que cuidá da minha vida… E minha vida é você… Eu te amo, Paula…

- E eu a ti… Apesar de tudo!

- Agora vamos cuidá de você… Quer ir lá dentro ou prefere ficá aqui?

- Eu já me despedi dela… Não consigo entrar mais…

- Então ficamos aqui a cuidá de você… - ele apertou-me mais para ele e eu tremi durante o soluçar

- Está com frio?

- Não… - sorri levemente


Na verdade tinha estremecido pela proximidade dos nossos corpos. Apesar de tudo, era ele quem eu amava, era aquele homem que sempre apareceu nos meus sonhos, e aquela proximidade novamente,  deixava-me nervosa.


- Mas tremeu… - ele disse calmamente

- Já passou… - voltei a sorrir e amarrei-me mais a ele

- Vai ficá tudo bem, amô…  Eu vou te apoiá sempre…

- Não imaginas como tem sido difícil sem ti… - disse com os meus olhos rasos de lágrimas

- Nós te… - ele foi interrompido

- Paulinha… Vamos para o cemitério, vens? – disse uma senhora da aldeia

- Vou sim! Eu vou já! – ela voltou a entrar pela igreja, eles saíam pela porta de trás – Vens, Vi?

- Vou… - ele sorriu levemente e juntou-me a ele

**

Caminhámos abraçados até ao cemitério, sob o olhar de toda a gente que ficou surpresa por vê-lo ali (ele só tinha ido uma vez àquela aldeia),  depois de tudo e além disso, ver-me “bem” com ele, novamente.

O funeral e o ambiente no cemitério tornou-se um dos momentos mais dolorosos da minha vida, ali não estava só eu a sofrer, estavam também pessoas que eu amava, a minha família.

**

- David… - disse baixinho e ele veio ter comigo – Vou ficar aqui um dia, e só depois é que vou para Madrid para a nossa filha…

- Eu fico no hotel e depois vou para Madrid com você…

- E o Chelsea? – perguntei

- Tenho jogo no domingo, só preciso de ir lá sábado à noite, já falei com o mister…

- Obrigada, David… Obrigada… - abracei-o e chorei durante algum tempo, enquanto ele balançava o corpo para me acalmar

- Não vás para o hotel… Fica em casa dos meus pais…

- Depois de tudo o que eu fiz a você eles não iam gostá da minha visita, Pauwinha…

- Eles sabem que eu preciso de ti, comigo… Fica, por favor… - os meus lábios acabaram por formar um beicinho perfeito enquanto os meus olhos estavam completamente cheios de lágrimas

- Fico, não chora… - ele beijou-me nas pálpebras – Quer que eu te leve a casa? Precisa descansá um pouco… - acariciou-me

- Sim… Os meus pais só vão lá mesmo de noite…

- Então se despede das pessoas que eu tenho um carro alugado e te levo…

- Venho já, amor… - beijei-o no canto da boca e fui despedir-me das pessoas, regressando rapidamente – Aqui estou eu! -  sorri

- Vamo, princesa?

- Vamos…


Entramos num carro óptimo, que nem parecia ser alugado e depois de colocar o cinto e de ele arrancar rumo à casa dos meus pais, senti a mão dele na minha perna. Acariciei-a primeiro e depois uni-a à minha.


- Que saudadji… - ele disse suspirando

- Eu também tinha muitas… - tirei o cinto e fiquei amarradinha a ele, pelo seu braço direito

- Vai come algo e dormi, amô…

- Não me deixas, David? Não vais embora? – perguntei cheia de medo, que ele fizesse a mesma coisa que já fez no passado

- Não te deixo nem vou embora… Só no sábado que vou para Madri…

- Desculpa ter deixado a nossa filha em Madrid… - disse pois prometi que não a ia largar um segundo

- Deixou com gentji de confiança, certo? Então não pede desculpa, bobinha! – ele deu-me um beijinho na testa

**

Chegámos a casa rapidamente, ele aqueceu-me arroz de pato que os meus pais tinham no forno e “obrigou-me” a comer tudo o que estava no prato.
Pela primeira vez depois de ele ter partido e mesmo a minha avó ter partido mesmo agora, sentia-me segura, confortável… Mas o medo de ser deixada e de o passado voltar invadia-me, e isso não podia negar.


Paula 
Todos os direitos reservados ®

domingo, 10 de julho de 2011

centésimo trigésimo segundo capítulo [132º] ♥



QUARTA-FEIRA: 8 de Fevereiro de 2012

Acordei cedo com o choro da minha pequenina, levantei-me e depois de lhe mudar a fralda e lhe dar de mamar, voltou a adormecer como um anjinho.
Como não ia conseguir adormecer novamente e estava cheia de fome, fui até à cozinha e comi uma fatia de bolo de laranja acompanhada com um sumo de laranja natural.

I hope you're feeling happy now/ I see you feel no pain at all it seems/ I wonder what you're doin' now/ I wonder if you think of me at all/ Do you still play the same moves now/ or are those special moods/ for someone else/ I hope you're feeling happy now

O meu telemóvel tocou e eu apressei-me a atender. O visor indicou-me que era o meu pai, e apesar de ser estranho ligar-me tão cedo, atendi super animada.


- Papii! Que saudades! – disse super energética

- Bom dia, nós também temos muitas saudades vossas… - a voz dele estava rouca e falhou

- Que se passou? – disse rapidamente e num tom super preocupado

- Tem calma, sim? Eu só liguei porque a tua irmã insistiu…

- Pai, podes dizer-me o que se passou?

- A tua avó…

- O que é que aconteceu à ‘vó, pai? – disse já com lágrimas nos olhos

- Ela sentiu-se mal, está no hospital…

- Os médicos já disseram alguma coisa?

- Diagnosticaram-lhe cancro no fígado super avançado…

- Não… - o caí no chão e solucei

- Decerto é melhor não vires, por causa da menina…

- Não! Eu vou! Eu vou! Pai…Ela está onde?

- No distrital…

- Em duas, três horas estou aí! – disse rapidamente – Calma, pai… Amo-te muito!

- Eu também… Tem cuidado na viagem…

- Tenho sempre… - desliguei a chamada


Não tive tempo de parar e começar a chorar, não tive tempo de pensar em nada. Só tive tempo de ligar à minha agente que me marcou viagem dali a uma hora para o Porto. E agora, com quem é que a minha menina ficava? Só me veio à cabeça o nome de Adriana, a minha melhor amiga, que vivia a 5 minutos da minha casa. Marquei o número dela, e os 30 segundos que ela demorou a atender, pareceram-me uma eternidade.


- Amor?

- Oioi, amorzão! – ela disse super bem disposta

- Preciso de um favor teu…

- Diz-me, meu amor!

- Tenho de ir para Portugal, amor… A minha avó está no hospital… Ficas-me uns dias com a Yas? Eu tenho leite do meu, preparo-te a roupinha… Deixo-te tudo pronto…

- Claro, amor! E vais sozinha?

- Vou, amor… A minha família está lá toda…

- Estou aí em 5 minutos para pegar na menina e te levar ao aeroporto…

- Não precisas de me levar, amor…

- Claro que preciso! És a minha melhor amiga! Nunca irias sozinha! 5 minutos!

- Obrigada, amor! Amo-te muito!

- Shiiiiu, eu também, princesinha! – desliguei a chamada


Fui até ao quarto, beijei a minha filha e fiz a mala dela, com tudo o que era necessário. Depois, peguei numa mala e coloquei roupa e as minhas coisas, não para muito tempo, poderia voltar para vir buscar mais coisas, dependendo do tempo, mas tinha a minha filha e não podia ficar longe durante muitos dias. Vesti uma roupa super simples e apanhei o cabelo.



Ouvi a campainha tocar, abri a porta e lá estava ela… Abraçou-me e durante aquele tempo chorei tudo que engoli depois do telefonema do meu pai. Com ela, apesar de tudo, sentia-me bem, segura, e sei que nunca me deixaria cair, por mais voltas que a vida desse.


- Bem, vamos lá que isto não é vida! – ri-me levemente e limpei as lágrimas

- Vou cuidar da tua filha, melhor que ninguém!

- Oh, isso não duvido, pequenina! – beijei-a na bochecha e fui ao quarto onde ela dormia, beijei muito a pequenina e dei muitos miminhos, colocando-a no ovo – Prontinha para ir à casa da tia Drica!

- Bem, Adriana, se faz favor! Drica é que não! – resmungou

- Shiu, óh! Eu é que sei! Respeitinho!

- Vou pensar se to dou! – riu-se

- Bem! – impinei o nariz e peguei na minha mala – Estou pronta!

- Vamos, amor!


E assim foi, ela levou-me ao aeroporto e o mais doloroso foi mesmo a despedida da minha Yasmin.
Assim que aterrei em Portugal, tinha o Pedro à minha espera, que me deu um abraço reconfortante e me deu muita força.
A chegada ao Hospital foi das piores entradas num edifício da minha vida. Era a parte dos cuidados intensivos, tudo chorava e finalmente vi a minha família ao fundo, estavam lá todos: os meus pais, a minha irmã e o marido, os meus tios, os meus primos, os meus tios-avós e também alguns vizinhos da minha avô, que viviam na aldeia onde ela estava.
As lágrimas corriam-me pelo rosto, e assim que pude, abracei o meu pai fortemente, abafando o choro desesperado no ombro dele.


- Eu quero vê-la, pai… - solucei

- Já ninguém a pode ver, Paulinha… Só os filhos puderam, e está nas últimas…

- Não, pai! Não podem atirar a toalha ao chão!

- Temos que esperar, mas temos de esperar o pior…

- Ai… - voltei ao meu choro desesperado

- A bebé?

- Ficou com a Adriana, pai…

- Ao menos está em boas mãos…


E assim foi, ficámos cerca de 3 horas sem nenhuma notícia, num choro desesperado, mas com a esperança que caracterizava a minha família. Só nos restava esperar e rezar e unir-nos.


Paula 
Todos os direitos reservados ®

sexta-feira, 1 de julho de 2011

centésimo trigésimo primeiro capítulo [131º]


SEGUNDA-FEIRA: 19 de Dezembro de 2011

Acordei depois da hora de almoço com uma dor de cabeça, levantei-me devagarinho e fui tomar um banho. Hoje tinha uma entrevista para a VOGUE britânica, os dois dias seguintes eram destinados à sessão fotográfica, cujas fotos iriam acompanhar a entrevista.
O banho foi relaxante e depois disso vesti uma roupa super quentinha, pois para além de estar um dia gelado, estava também muita neve.



***

Correu tudo lindamente, e como previ que ia estar cansada o resto dos dias deixei que o David ficasse com a Yas, mas também porque tudo o que eu menos queria era dar novamente de “caras” com ele.

***

QUARTA-FEIRA: 21 de Dezembro de 2011

Saí da sessão fotográfica já muito tarde, mas como no carro da minha agente já tinha as malas e faltavam 4 horas para o voo, decidi ir logo buscar a minha pequenina linda.

“Prepara a menina que daqui a pouco passo aí para a ir buscar.”

“Ok, só vou vestir ela, toca na campainha…”

“Tudo bem.”


Assim o fiz, mal o carro parou em frente à casa, que outrora também fora minha, toquei à campainha.


- Entra! – David abriu a porta sorridente

- Obrigada… - entrei


Tudo na casa estava igual desde que eu a deixei, não encontrei um único apontamento diferente. As memórias vieram rapidamente, todas misturadas e as boas recordações que aquela casa me trazia, todas as juras de amor, todos os sorrisos, as gargalhadas e os olhares cúmplices.


- Vou buscá ela lá acima, esteja à vontade! – a voz do David interrompeu-me o pensamento e esperei de pé, exactamente no mesmo lugar, junto à porta, mas esta já fechada – Aqui está nossa princesa… - ele estava com um sorriso radiante


Assim que ele me deu a bebé para os braços olhei e apertei-a para mim, estava a morrer de saudades.


- Oh coisa boa da mamã, oh minha pequenina linda! – enchi-a de beijinhos e ela riu-se muito – Sabe bem, é, bichinha?

- Ela estava cheia de saudadji sua… - David olhava-nos

- Também eu dela… Nós vamos indo, David… Dá-lhe um beijinho e vamos…


Ele deu-lhe um beijinho.


- Adeus, David… - abri a porta para sair

- Bom Natal, Pauwinha…

- Igualmente… - saí

***

O Natal foi passado no norte do país com a minha família, deu para matar saudades dos meus pais, dos meus tios, primos, da minha irmã, do meu afilhadinho, e para toda a família conhecer a minha Yasmin.

***

SÁBADO:  31 de Dezembro de 2011

Último dia de um ano completamente louco! O Marco fez uma festa calminha em casa dele e eu decidi ir mais a Yasmin, o ambiente era muito familiar e queria que ela se habitua-se a precisamente isso…
Vesti um vestido lindo e deixei o meu cabelo um pouco mais liso do que o costume.



Conduzi para casa dele, e as últimas horas da noite foram bem divertidas.
A certa altura o telemóvel deu bip de mensagem e eu abri-a assim que o alcancei.

“Bom ano novo, meu anjo… Te desejo tudo de bom e muita felicidade. Beijo, Vi”

Respondi friamente.

“Para ti também. Paula”

Voltei para a festa onde aproveitei muito e mimei também a minha bebé linda.

**

O David não parou de mandar mensagens, mas depois de tudo o que ele me fez, tornara-me difícil, não só para ele, para todos os rapazes.
Passaram-se dois meses e na minha vida estava exactamente igual, menos a Yas que estava maiorzinha…




Paula 
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